Cheganos Oficiais, Luís Alves

Impugnante da Lista de Lisboa excluída diz que a Direção do Chega foi irresponsável por ter avançado com o Congresso

Luís António Dias Alves, Nº 4 da Lista A a Delegados por Lisboa ao IV Congresso Nacional do Chega, lista que foi excluída de ir a votos contra a lista de Delegados escolhida pelo próprio André Ventura, em declarações à Agência Lusa afirma que só foram notificados pela Mesa Nacional no dia 6 de novembro às 00h12, o que impossibilitava qualquer contestação pois as eleições começava às 10h desse dia.

O prazo de comunicação ultrapassa todos os limites do razoável, dado que é impossível impugnar, e contraria todas as normas do Direito quanto à confirmação, ou não, de listas concorrentes a atos democráticos.
Queremos a repetição da eleição para o distrito de Lisboa de delegados ao Congresso. Queremos a repetição do Congresso e invocámos para isso argumentos de facto, com prova documental de incompatibilidades absolutas.

O militante apresentou a impugnação, em conjunto com José Augusto dos Santos Dias, Nº 1 da mesma lista, avançou também para o facto de uma das vice-presidentes da Mesa Nacional que votou a exclusão da lista A ser “casada com o número 3” desta mesma lista, o que segundo Luís Alves, é um “impedimento absoluto”.
O Tribunal Constitucional já reagiu e em comunicado enviado ao Chega, dando cinco dias. a contar da quinta-feira passada, para que “responda à impugnação apresentada”.
Luís Alves acusa a direção do Chega de ser “irresponsável” por ter decidido avançar com o Congresso pois o “partido foi citado na quinta-feira” (a notificação do TC data da véspera, 24 de novembro) e que André Ventura, o presidente do partido, sabia que havia uma ação na justiça, pelo menos desde 11 de novembro, e afirmou que, caso a sobrevivência do partido seja posta em causa, “essa responsabilidade” não lhe “vai cair em cima dos ombros”.
No dia 6 de novembro, Luís Alves, escreveu na sua página:

Olá companheiros
Venho informar todos que a nossa lista foi excluída por métodos duvidosos .
Vamos juntar aqui a acta da mesa que afastou a nossa lista completamente legal.
Apelo a todos o boicote neste acto eleitoral.
Vamos impugnar a eleição dos congressistas da lista B.
Impugnamos igualmente o congresso de Viseu.
Consideramos vergonhoso este acto de afastamento da Lista A.
O Medo de perderem fez com que nos afastassem.
Consideramos uma VERGONHA.

O militante está convicto de que a exclusão da lista A foi politicamente motivada e explica que os principais motivos dos militantes que a apresentaram eram os de recuperar os “princípios fundacionais” do Chega, que são no seu entender o “nacionalismo liberal e o conservadorismo no sentido que lhe deu a Revolução Francesa”, que dizem terem desaparecido do partido.
Caso a lista não tivesse sido afastada era expectável que conseguisse eleger entre “25% a 30% dos delegados de Lisboa”, o que iria permitir que alguns dos seus membros subissem ao palanque no Congresso de Viseu para alertar que o Chega é um “partido de direita, não é um partido pró-vida, não são fundamentalistas religiosos, nem quer criminalizar mulheres nenhumas por práticas de aborto”.

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