Cheganos Oficiais, Nuno Afonso

Nuno Afonso diz que a democracia interna do Chega faleceu este fim-de-semana mas que a Procuradoria Geral da República pode acordar

Nuno Afonso, membro da Direção Nacional do Chega, diz que a democracia interna do partido de André Ventura faleceu este fim-de-semana. O líder da oposição interna comentou no seu artigo de opinião no jornal Novo a decisão tomada no Conselho Nacional de alterar o método para as listas de delegados ao Congresso, que se vai realizar em Santarém, nos dias 27, 28 e 29 de janeiro de 2023, que deixou de usar o método de Hondt, e por isso só os delegados da lista vencedora é que serão escolhidos.
Nuno Afonso diz que o líder manipula as regras do jogo e que houve militantes que foram impedidos de se voltarem a inscrever, com base em estatutos que nada dizem sobre isso.
O vereador independente na Câmara Municipal de Sintra afirma ainda que Ventura corre o risco de ser vítima da sua sede de poder e do seu ego exacerbado e alerta que “todo este amadorismo e aselhices várias, com que Ventura e seus apóstolos têm dirigido o partido, além de estarem na antítese do que defende a Constituição, podem acordar a Procuradoria Geral da República e, quando o PS deixar de precisar do Chega, trazer grandes dissabores a todos os que acreditaram neste projecto”.

Se a democracia interna estava moribunda, este fim de semana, faleceu. Foi eutanasiada pelo presidente que levou à aprovação de uma medida que basicamente, elimina qualquer réstia de democracia, representatividade ou pluralidade de opiniões internas. O método electivo para as listas de delegados à Convenção, deixa de ser o método de Hondt (o mesmo que permitiu ao partido ter 12 deputados) para ser o sistema maioritário, onde a lista vencedora elege todos os delegados desse distrito. Acrescenta ainda o facto de querer levar como delegados à convenção, os coordenadores concelhios (nomeados) e de colocar a regra de que os conselheiros nacionais a eleger, terão obrigatoriamente de ser delegados e presentes na Convenção.
Conseguindo este intento, o presidente terá na sua mão não somente esta Convenção, mas também o Conselho Nacional e todos os órgãos do partido, porque para aqueles em que poderia perder controlo (Distritais e Concelhias), adiou as eleições por mais um ano.

Pode ler aqui o artigo de opinião completo no jornal Novo

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