André Ventura não alinhou nas acusações de Mariana Mortágua ao CEO da Global Media Group do Jornal de Notícias, Marco Galinha, por supostas ligações a oligarca russo que financiou o partido de Putin através de uma das suas empresas, e optou por acusar a dirigente do Bloco de Esquerda de ter “Recibos passados a empresas, de forma regular, quando estava em exclusividade e recebimento de despesas que levantam suspeita de fuga à tributação”, mas fica uma pergunta, André Ventura recebia quando comentava na CMTV ou era comentador desportivo não remunerado (pro bono)? Não temos a resposta!
A deputada Mariana Rodrigues Mortágua está em regime de exclusividade, no entanto no seu Registo de Interesses a acumulação com cargo político está registada a sua função de colunista no JN com inicio em 2015 mas sem data de fim, enquanto que André Ventura, que também está em regime de exclusividade apresenta no seu Registo de Interesses a sua função de comentador na Cofina (CMTV e Correio da Manhã) com data de fim de 2020.
No dia 4 de março, no mesmo dia em que Mariana Mortágua publicou a “História de um oligarca russo e do seu sócio português“, André Ventura publicou a capa do jornal O Novo “Conflito de Interesses. Mortágua liga Global Media a Oligarca após deixar de receber por artigos”, e escreveu:
A Mariana Mortágua recebia, alegadamente, uma avença mensal de um grupo de comunicação social e está registada em exclusividade no Parlamento, enquanto deputada. De incoerências do Bloco de Esquerda já todos estamos fartos, mas é importante que a deputada e o Parlamento venham clarificar esta situação e a sua legalidade. Como se pode estar em exclusividade e ter uma atividade regular remunerada numa empresa? A que despesas, alegadamente pagas à deputada do Bloco, se refere a reportagem do Novo? Foi pago IRS sobre essas despesas ou houve um esquema para contornar a tributação?
O país tem de saber isto, sobretudo de uma deputada e de um partido tão ferozes contra o capitalismo e o sistema financeiro, mas tão amigos de avenças como esta!
No dia 5 de Março, o líder do Chega publicou a resposta de Fabian Figueiredo, que aponta ao facto do irmão de Marco Galinha ser o militante nº 38 do Chega, e escreveu:
Era melhor que respondessem às perguntas em vez dos disparates habituais e dos ataques sem sentido. A deputada Mariana Mortágua estava ou não em exclusividade e recebia uma avença mensal? É verdade que recebia uma parte dos valores como “despesas”? Que despesas tem alguém cujo trabalho é escrever periodicamente um artigo de opinião? Isso era tributado em sede de IRS? Onde fica a ética tão apregoada pela deputada…?
Hoje publicou o artigo do Tal e Qual, que acusa Mariana Mortágua, de só ter atacado Marco Galinha depois de ter perdido a avença (o Tal e Qual esqueceu-se que só este mês começaram as sanções a oligarcas russos por causa da invasão da Ucrânia), e escreveu:
Mesmo com a grande maioria da imprensa a não querer pegar nisto (imaginem se fosse alguém do CHEGA!!!), a situação da Mariana Mortágua está a ficar insustentável. Recibos passados a empresas, de forma regular, quando estava em exclusividade e recebimento de despesas que levantam suspeita de fuga à tributação. Podem estar em causa crimes e irregularidades regimentais e legais. A Comissão de Transparência e o Parlamento não podem ficar em silêncio, isto tem de ser esclarecido!
Mariana Mortágua acusou o CEO da Global Media Group do Jornal de Notícias, Marco Galinha, de ter negócios com um oligarca russo, Markos Leivikov, que financiou o partido de Putin através de uma das suas empresas e deixou na Rússia um rasto de suspeitas de fraudes milionárias, conforme artigo no Esquerda.net, o que motivou uma reação da imprensa, a acusarem a dirigente do Bloco de Esquerda de só ter se “lembrado de atacar quem lhe pagava”, depois da sua avença com o jornal de Notícias ter sido suspensa. Na verdade, agora é que se justificava a acusação, porque só agora começaram as sanções a oligarcas russos por causa da invasão da Ucrânia.
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