Cidália Figueira, Ex-Cheganos Oficiais

Ex-vereadora do Chega em Moura nega ligações ao PS e diz que saiu “Porque quem não se sente não é filho de boa gente”

Cidália Isabel Floreano Figueira, eleita vereadora pelo Chega à Câmara Municipal de Moura, esclareceu que não será um bloqueio ao desenvolvimento da terra e afirma que saiu do partido de André Ventura “porque quem não se sente não é filho de boa gente”.
No final da semana passada o partido de André Ventura acusou a sua ex-cabeça de lista à Câmara alentejana de ligação ao PS e de estarem a pensar em avançar para o Ministério Público se acharem que existe favorecimento pessoal.
Cidália Figueira desmentiu hoje na sua página qualquer ligação ao Partido Socialista:

Na sequência das minhas entrevistas sobre a minha desvinculação ao Partido CHEGA, venho por este meio fazer o seguinte comunicado: Eu , Cidália Isabel Floreano Figueira, eleita vereadora pelo Partido CHEGA à Câmara Municipal de Moura, não filiada e independente, decidi tornar-me vereadora inscrita e obviamente de oposição. Não fiz nenhum acordo com nenhuma força política e muito menos com o PS, ou na pessoa do Presidente. Continuo a respeitar os ideais do CHEGA, mas gosto de trabalhar e honrar os meus compromissos. Assim, serei sempre oposição mas não um bloqueio ao desenvolvimento da terra como referi durante a campanha eleitoral. Saí, porque não senti nem sinto apoio. Saí porque quem não se sente não é filho de boa gente . Podem contar comigo, pois eu continuo a contar com vocês. Bem hajam!

Antes destas declarações da vereador independente de Moura, Bruno Nunes, da Comissão Autárquica Nacional do Chega, garantiu ao Observador que o caso já tinha sido “sinalizado” pelos dirigentes do partido por ter havido “um voto constante ao lado do PS” em Moura, ao ponto de a retirada de confiança estar em cima da mesa há umas semanas pela “ligação que existe entre a eleita do Chega e o PS”.
O vereador em Loures afirmou ainda que o partido vai analisar o processo, e se achar que houver favorecimentos pessoais está disposto a agir a nível político e judicial:

Em último caso, se considerarmos que possa ter havido um alegado favorecimento pessoal, não teremos problema em entregar o caso ao Ministério Público para perceber se houve apenas uma decisão política ou se houve mais do que isso.

No entanto nos únicos dois editais publicados pela Câmara Municipal de Moura referentes às Reuniões Ordinárias Públicas de 03 de novembro e de 20 de outubro, verificou-se que a autarca ex-Chega, votou na maioria das vezes contra o PS.

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