Já existem neste momento vários candidatos a Presidente do Chega, pois além do vencedor previsível, o líder demissionário André Ventura, existem mais três candidatos com derrota anunciada:
- Carlos Natal, ex-líder da Concelhia do Chega em Portimão, que foi exonerado por email.
- Sónia Cardoso, ex-líder da concelhia do Chega de Vizela e militante que abandou o partido devido às decisões do II Congresso.
- Pedro Graça Marques, ex-militante, suspenso por 90 dias e com proposta da sua expulsão em junho, pela “ilegal” Comissão de Ética.
Rodrigo Alves Taxa, escreveu na página oficial do Chega para comentar essas candidaturas, que considera “ridículas, na personificação, no contexto e no conteúdo” e que só lhe “dão vontade de rir”.
No entanto a mensagem do Presidente do Conselho de Jurisdição Nacional, tem outros alvos, os divergentes e detratoras que existem dentro do Chega, “mas que por sua vez o são de uma forma vil, cobarde, reles e mesquinha”, e que estão identificados: “Quero os traidores a concorrer”.
Das Eleições Internas do CHEGA
As candidaturas que nunca observarei
Ainda que o género literário que desenvolve não me fascine, e por isso nunca tenha lido qualquer obra sua, Nicholas Sparks ficou sobejamente conhecido pelo seu romance dramático intitulado “As palavras que nunca te direi”.
Por vezes, há determinados momentos em política que parecem ganhar do mesmo enlevo romancista e dramático, e penso que se tivesse que dar um título às eleições internas que decorrerão em novembro para eleger o próximo (mesmo) presidente do CHEGA, seria certamente “As candidaturas que nunca observarei”.
Mas quanto a esta matéria importa fazer um ponto contextual prévio para dizer de forma clara que a mim nada me chocam eleições seja para o que for e muito menos tenho alguma coisa contra candidatos adversários, pela simples razão de que pela sua presença tudo se torna mais dinâmico.
No entanto, devo admitir que é muitíssimo divertido ver sair debaixo das pedras da calçada, adversários contra André Ventura que, obviamente, será inequívoca e esmagadoramente, uma vez mais, eleito presidente do CHEGA. Só por tolice pode alguém considerar que faria melhor trabalho e alcançaria melhores resultados em tão pouco espaço de tempo.
Ao dizer isto não significa que pretenda ser jocoso com as candidaturas até ao momento apresentadas. Não quero. Estão no seu pleno direito. Mas convenhamos, todas elas são tão ridículas, na personificação, no contexto e no conteúdo que a mim só me dão vontade de rir.
Lamento se ofendo alguém porque não é essa a intenção, mas tenho que ser sincero nesta matéria, como de resto sou em todas as outras.
No entanto, honra seja feita, há algo em que dou valor às candidaturas agora apresentadas. É que pese embora, tal como expliquei, na minha óptica, se revistam de ridículo absoluto, têm pelo menos o condão de assumir uma posição pública de divergência. Divergência essa que duvido sequer que saibam qual é, mas que representa o assumir de uma posição.
Perderão copiosamente e daí terão que retirar consequências, mas deram a cara.
Deram a cara, contrariamente a algumas linhas e personagens divergentes e detractoras que existem dentro do CHEGA, mas que por sua vez o são de uma forma vil, cobarde, reles e mesquinha.
Estão todas identificadas. Todas as linhas e todos os seus representantes. Os mandantes que nunca dão a cara e os mandatos porque se deixam entalar num serviço que lhes é mandado fazer, achando que estão a fazer uma grande figura, mas que na prática se traduz apenas em figura triste.
Esta pequenez de postura apenas aumenta de tamanho, se é que posso fazer este antagonismo, quando algumas das personagens a que me dirijo, (elas sabem quem são, portanto não tenho que lhes mencionar o nome), vivem grande parte do seu tempo perto de André Ventura. O que são, politicamente, devem-no a André Ventura. Mas coitados e tristes, convencidos e inchados, querem minar-lhe o caminho fazendo-se passar por pessoas muito suas amigas e próximas, colhendo daí aos olhos de quem não os conhece verdadeiramente algum crédito, mas que no essencial não passam de uns tristes que não sabendo manter-se no seu lugar acabam por não merecer lugar nenhum.
É o triste fado português. A inveja, a intriga, a tentativa de destruição de carácter pessoal e político de um líder e de quem lhe é verdadeiramente leal, as conversas feitas com jornalistas que se caracterizam por colocar nas páginas das publicações, informações muitas vezes internas, mas que ao saírem logo fazem batê-los com a mão no peito e dizer “eu não disse nada”, por aí fora.
Mentes insufladas na imensidão do seu vazio que qualquer pequeno alfinete rapidamente esvazia. E esvaziará.
Tudo isto para dizer que não estou satisfeito com as candidaturas apresentadas até ao momento contra André Ventura. Quero os traidores a concorrer. Nós já sabemos quem são. Mas Portugal e muitos militantes que não sabem, têm direito a saber.
Mostrem agora o que valem. Ou melhor, mostrem aquilo que pensam valer porque na prática não valem porra nenhuma. Até porque o relógio está já a fazer “tic-tac”. Se não se revelarem, um dia destes serão por alguém revelados.
Em congressos ou conselhos nacionais qualquer meia dose é valente. Qualquer meia dose faz birras. Qualquer meia dose gosta de bancar o “enfant terrible” para que os seus correligionários, tão broncos como si próprios, achem que fizeram um papelão.
Candidatem-se.
Sejam homenzinhos e candidatem-se ou como tantas vezes se diz, cresçam e apareçam.
Rodrigo Alves Taxa
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