A “contratação” da ex-deputada do PAN, Cristina Rodrigues, feminista, activista anti-touradas, defensora da comunidade LGBT+, da despenalização da canábis e da despenalização do aborto, para nova assessora parlamentar do Chega, provocou grande desconforto no Twitter, o que levou à perda de cerca de 1000 seguidores em 24 horas.
O desconforto estendeu-se a vários dirigentes do Chega, e depois de Maria Helena Costa, dirigente do Núcleo de Estudos do Chega, afirmar que a sua militância chegou ao fim, seguiram-se vários outros militantes.
José Dias, ex-vice-presidente do Chega, e candidato da lista impedida de de ir a votos por Lisboa, não escondeu a sua indignação:
“Traz outro amigo também”…
Não resisti a escrever umas breves linhas por ficar deverás admirado e até mesmo surpreendido, sobre a seguinte notícia:
A novidade caiu que nem uma “bomba” na comunicação social: a ex-deputada do PAN, Cristina Rodrigues (partido com quem se incompatibilizou, passando a deputada não inscrita, tal como Joacine Katar Moreira) vai ser assessora do Grupo Parlamentar do Partido Chega.
Haja vergonha! Então depois de tantas críticas que foram feitas à situação dos deputados não inscritos por diversos responsáveis do partido Chega, dizendo mesmo que era uma vergonha aproveitarem-se dos partidos políticos para depois se incompatibilizarem e ficarem deputados independentes, declarando ainda, que, teria que se alterar a Lei e os mesmos deputados deveriam sair do cargo e regressar á sua situação anterior, expondo igualmente que era uma vergonha tal atitude dos eleitos! e agora premeia-se uma deputada nessas condições, e logo para assessora do Partido Chega no Parlamento!!
A senhora vai para assessora jurídica. Ainda se fosse uma sumidade de alta craveira, de reconhecidos méritos e indispensável… mas não, é apenas uma jurista. Mais uma. Isto quando o Chega está cheio de Advogados e Juristas, alguns deles – esses sim – de notável craveira e de entrega ao Partido desde o seu começo. Conheço pelo menos seis.
Não, não se compreende. A não ser que seja como na cantiga de Zeca Afonso: “Traz outro amigo”…
José Dias
Victor Meira Sousa, ex-responsável pela concelhia e candidato à Câmara Municipal de Famalicão, anunciou o seu afastamento:
Meus amigos, estão á espera de quê?!
O Chega passou de um partido anti-sistema (apesar de ninguém lá dentro saber o significado), para um partido pior-que-o-sistema…
Deixei de me identificar.
Fui o responsável de V. N. de Famalicão do Chega, candidato á CM e Conselheiro Nacional.
O André Ventura quis seguir este caminho, apesar do que disse em Tomar numa reunião com gente de Braga. Mentiu. Fez de nós palhaços num circo dominado por incompetentes.
Trabalhei muito por este partido, dei muito e nunca quis nada em troca. Apenas queria reconhecimento e o que recebi foi um par de facadas nas costas pelo Melo e pelo (seu lambe cus) Alves.
Saltei fora.
Quero que impludam!!!
Não tiro fotos com bandidos!!!
Henrique São Marcos, dirigente do Chega em Ílhavo, também confirmou que vai abandonar o Chega:
Antes que se lembrem de me suspender ou expulsar como militante do partido Chega !
Informo que vou deixar a militância e todo o apoio ao partido!
Não posso apoiar a contratação de uma ex deputada que defende tudo em que os meus princípios são contra!
Conheci muitas boas pessoas, mas “lamber as botas”, não é comigo!
Parece que Portugal ganhou duas maiorias absolutas e ditaduras!
Começou a subir a falta de humildade , sabia que algumas pessoas não a tinham!
Mas a maior desilusão foram mesmo os factos!
Adeus…
Desculpem por ter ajudado contribuir para este presente!
Sempre disse antes de ser do Chega sou anti- extrema esquerda!!
Agora nem Chega nem extrema esquerda !!
25 de Novembro sempre!!!
A página do Chega Suíça confirmou a desfiliação de um dos seus administradores, e publicou horas depois a mensagem:
Não podemos concordar com isto. Estamos a fugir daquilo que era o caminho do partido. Nao seria nunca uma escolha nossa depois do odio destilado durante meses. Apoiamos Andre Ventura mas nao significa que tenhamos de dizer amém a tudo. Ainda pensamos pelas nossas cabeças e guiamos pelos nossos princípios. Espero que não signifique o fim do apoio ao mundo rural.
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