Ex-Cheganos Oficiais, Manuela Estêvão, Mário Lucas, Rui Alberto Pires do Rosário

Ex-presidente do Chega Coruche revela os motivos para a sua renuncia e acusa a Distrital de Santarém

Rui Alberto Pires do Rosário, ex-presidente do Chega Coruche, esclareceu os motivos para a sua renuncia, que passam pelo silêncio da Distrital de Santarém em relação a um militante que lançou uma campanha de difamação.
O médico, especialista em medicina interna, e capitão tenente reformado, da Marinha de guerra portuguesa, escreveu na sua página Pensamentos e olhares:

Em 17 de outubro último, o Sr coronel Mário Lucas, vice presidente da comissão política distrital do partido chega, comunicou na página CHEGA – Coruche , a minha ( Rui Rosário) saída do partido.
Acho muito estranho e, de baixo nível institucional, a saída de um elemento que foi presidente da comissão política concelhia, cargo ocupado por nomeação da senhora presidente da comissão política distrital, ser comunicado por um cargo de nível inferior mas, a situação retrata na perfeição o clima de insatisfação e contestação em que se encontra a criatura que ocupa tal cargo.
De facto, para se avaliar a capacidade de mobilização e liderança da distrital de Santarém, basta colocar no motor de busca do Facebook a palavra chega, para se concluir que não se trata de conjugar o presente do indicativo do verbo chegar, mas sim de inalar uma constelação de vapores sulfurosos e lavagens de roupa suja sobre assuntos políticos de autoridade contestada.
Não teve ainda, o senhor coronel, a ombridade de esclarecer publicamente, os motivos que eu, Rui Alberto Pires do Rosário, médico, especialista em medicina interna, e capitão tenente reformado, da Marinha de guerra portuguesa, comuniquei, cerca de um mês antes para a minha renuncia, pelo que, acho de todo o interesse, que a mesma seja dada a adequada divulgação.
Assim, após me ter sido atribuída a responsabilidade de organizar as listas de candidatura autárquicas no concelho de Coruche, e de me ter sido confiada autoridade para gerir a colocação nas mesmas de todos os militantes do concelho, um militante, por motivos que desconhecemos inscrito recentemente no partido e, porque tinha tentado introduzir nas listas militantes de outros partidos, ao ser desmascarado, iniciou uma campanha de difamação e divulgação pública das listas de candidatos que, com imenso esforço conseguimos mobilizar, mas que foi possível de abranger a totalidade de todas as listas.
Após comunicação aos órgãos partidários julgados competentes e, sempre mantendo o assunto dentro do exigível sigilo partidário, perante a inoperacionalidade e silêncio dos mesmos, foi solicitado aquela comissão e, pessoalmente, num almoço que se dignou aceitar, realizado em Alcochete, ao senhor coordenador autárquico para o distrito de Santarém, senhor Jorge Valsassinas Galveias, uma tomada de posição pública dos órgãos nacionais ou distritais do partido em relação as candidaturas de Coruche.
Entendeu aquela comissão bem como a direcção nacional, sacrificar as candidaturas de Coruche, os seus militantes e bem assim o desejo de mudança do povo do concelho a interesses isolados ou conjugados cuja natureza não compreendemos e não podemos aceitar, optando por um cúmplice silêncio para com o militante difamador, á pressa inscrito com intenções não esclarecidas nem esclareciveis.
Note se que, nunca foi formalmente exigido o apoio logístico para Coruche, que foi fornecido as candidaturas de Palmela, Cartaxo, Santarém ou Salvaterra; o povo de Coruche está habituado a enfrentar as forças da natureza sem ajuda externa e a consumir apenas o fruto do seu trabalho; são desnecessárias as esmolas de proveniências indeterminadas e não divulgadas como as que usufruíram essas candidaturas.
Apenas foi solicitado apoio político e moral, o mínimo exigível e, salvaguarde-se não perceptível de ser negado.
As listas de Coruche eram repletas de pessoas dos vários estratos sociais, de todos os escalões profissionais e sectores económicos, fazendo jus ao nosso lema de ” contra a luta de classes, a harmonia entre classes” e, parafraseando a candidata a presidência da câmara no seu discurso de apresentação ao presidente do partido, professor André Ventura em Santarém, “O partido deve ser muito mais que o simples somatório dos seus militantes”.
Assim não entenderam os órgãos deste partido, com particular incidência para a presidente da comissão politica distrital de Santarém, senhora doutora Manuela Estevão, cujo silêncio serviu de apoio ao detrator, e mostrando a todo o povo de Coruche que este concelho não era prioritário nos seus objectivos e, que assim prescindia da base de apoio popular com tanto trabalho conseguida ao recusar-se mesmo a atender o telefone durante mais de um mês.
E escusado assim, o senhor Jorge Valsassinas Galveias, vir lamentar que estes assuntos sejam objecto de discussão intrapartidaria, uma vez que essa fase acabou quando disse que não queria lamentar ter aceite almoçar comigo.
Rui Alberto Pires do Rosário, não necessita dessas condescendência. A nobreza vale muito mais que a riqueza e se a comunicação da comissão política distrital e, em particular da sua presidente, doutora Manuela Estorvao, fossem mais verticais não seria aqui que o assunto seria levantado, independentemente das intenções do partido em colonizar as autarquias com pessoas oriundas do seu aparelho.
Ainda assim, o povo de Coruche, quando pela primeira vez lhe foi proporcionada a oportunidade de escolha em toda a largura do espectro politico partidário presenteou nos com três mandatos.
Tenho a certeza que, Maria de Lurdes Pereira, Nuno cabecinhas Lopes e Rui Alberto Rosário irão honrar o peito ilustre ribatejano sem cedências a chantagens seja qual for a origem.
Rui Alberto Pires do Rosário
Ex conselheiro nacional do partido CHEGA – Coruche

Algumas horas depois, fez uma rectificação:

Para os devidos efeitos se declara que relativamente a declaração anterior a respeito da comunicação da minha resignação ao cargo pelo senhor coronel Mário Lucas, por lapso, foi mencionado que a mesma se verificou em 28 de agosto e não em 17 de setembro que a mesma não ocorreu na página CHEGA – Coruche mas sim por mail.
Mantém se ainda assim, o sentimento de revolta por ter sido nomeado pela senhora presidente da comissão política distrital, em reunião em Coruche, e aceite destituição pelo senhor vice presidente.

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