Coordenador da PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados, em entrevista à CNN Portugal, não poupou André Ventura, que no Twitter para comentar sobre o caso do refugiado afegão ismaelita que matou hoje a professora e a sua colega no Centro Ismaili, em Lisboa, disse que o sangue das vítimas está nas mãos do governo.
André Costa Jorge não tem dúvidas que a mensagem do líder do Chega é típica de mensagens de populistas que, de certa forma, anseiam que aconteçam estes incidentes para legitimar discursos xenófobos e discursos descolados da realidade.
Estas declarações visam tirar partido político do medo e da ignorância de pessoas que conhecem pouco esta realidade e se possam sentir pouco seguras. É preciso que a justiça funcione, parece-me que este caso é um caso isolado, não pode haver extrapolações no que diz respeito a portas abertas para imigrações, até porque este caso concreto, é de uma pessoa que foi acolhida num programa de refugiados, nem tem nada a ver com as políticas de acolhimento de estados imigrantes económicos.
O objetivo do líder do Chega é lançar o alarme social, puxar o discurso xenófobo, sobre as pessoas que são vítimas de perseguição.
A estratégia de confundir as vítimas das perseguições com os seus perseguidores é uma estratégia que procura procurar a confusão junto da sociedade, para criar uma sensação de insegurança.
Não é pelo facto de um emigrante português cometer um crime no estrangeiro que todos os emigrantes portugueses são culpados, é injusto que se aproveite para lançar um preconceito.
O dirigente do PAR não deu nenhum exemplo, mas na 6ª feira passada um português emigrante na França, matou a mulher a tiro de caçadeira, por não aceitar a separação, quando o filho de ambos, de 11 anos, estava na escola.
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