O Correio da Manhã, jornal com várias ligações à polícia e ao mundo Chegano, anunciou ontem, que a Direção Nacional da PSP autorizou a candidatura de Pedro Magrinho, no entanto quem visita a mesma página hoje encontra informação contrária.
O Correio da Manhã, no seu artigo publicado ontem às 14h30 por Miguel Curado escreveu:
A Direção-Nacional da PSP autorizou a candidatura de Pedro Magrinho, um chefe que presta serviço na Divisão de Sintra, à presidência da União de Freguesias de Bobadela, São João da Talha e Santa Íria de Azóia, em Loures.
Esta é a primeira candidatura autárquica autorizada pela Polícia de Segurança Pública. Recorde-se que, de acordo com a lei eleitoral para os órgãos autárquicos, os elementos das forças de segurança são inelegíveis nos atos eleitorais para o poder local.
No entanto quem visita agora a mesma página (agora = 20/agosto/2021 17h00 gmt+1) já encontra outro conteúdo:
A PSP nega que a Direção-Nacional daquela polícia tenha autorizado Pedro Magrinho, um chefe que presta serviço na Divisão de Sintra, à presidência da União de Freguesias de Bobadela, São João da Talha e Santa Íria de Azóia, em Loures. “Não compete à PSP autorizar ou proibir os seus polícias a candidatarem-se a eleições autárquicas ou legislativas”, refere um comunicado das relações públicas da corporação.
“A Lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais (Lei Orgânica n.º 1/2001, de 14 de agosto) proíbe que os polícias na situação de ativo (ao serviço efetivo) sejam candidatos a órgãos do poder local”, refere o citado comunicado. Assim sendo, e “atendendo a que o mesmo [Pedro Magrinho] se encontra, à data de hoje, ao serviço ativo (serviço efetivo), a PSP irá instaurar um inquérito para averiguar as circunstâncias acima referidas”.
A mensagem e o título da notícia do Correio da Manhã foram alterados sem qualquer indicação de terem sido editados, o que vale é que ainda existe o cache do Google, para não pensarmos que estamos “malucos”.
Segundo o Jornal Económico de hoje, a direção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) vai instaurar um inquérito para averiguar se um agente é candidato pelo Chega às eleições autárquicas em Loures, distrito de Lisboa.
A polícia esclareceu também que não compete à PSP autorizar ou proibir os seus polícias a candidatarem-se a eleições autárquicas ou legislativas, limitando-se a cumprir a lei em vigor.
A direção da polícia refere que já apresentou também uma proposta “para que, numa eventual revisão da Lei Eleitoral para a Assembleia da República, seja igualmente proibida a candidatura de polícias na situação de ativo (ao serviço efetivo) à semelhança do que está previsto na Lei eleitoral dos órgãos das autarquias locais, de forma a garantir a imparcialidade e apartidarismo que devem caracterizar os polícias da PSP”.
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