Depois de Carlos Furtado, ex-Presidente da Direção do Chega dos Açores e deputado, ter sido expulso do partido de André Ventura após ter apresentado a sua demissão da liderança pela segunda vez, e do ex-Presidente da Mesa da Assembleia do Chega Açores, João Martins, ter-se demitido do cargo e pedido a desfiliação do partido na 4ª feira passada, agora é a vez de António Rodrigues, presidente da Comissão Política do Chega Açores, apresentar a sua demissão de funções e o “cancelamento de militância no partido”, criticando os “atropelos e ingerências” da direção nacional nos órgãos regionais.
Os atropelos e ingerências ao Chega/Açores foram mais que muitos, levando-nos a crer que, inclusivamente, poderá até existir alguma mágoa por parte das estruturas nacionais em reconhecer que, a nível nacional, não se vive um tão harmonioso ambiente, como aquele que se viveu no Chega/Açores durante a presidência de Carlos Furtado
André Ventura anunciou a retirada de confiança política ao presidente da direção regional nos Açores, Carlos Furtado, que passou a deputado independente no parlamento açoriano, no dia 14 de julho, e segundo António Rodrigues tudo mudou a partir dessa data:
A nível regional, desde 13 de julho, o partido perdeu o profissionalismo anteriormente existente, não há coordenação de trabalhos, nem de estratégias, não há tão pouco uma perceção clara, sobre quem atualmente fala em nome deste partido a nível local.
O agora ex-membro do Chega Açores disse ainda não ver futuro para uma “nação gerida ou co-gerida por este partido”, uma vez que o Chega “não tem sabido gerir, sequer, as suas estruturas”:
Sem mais assunto, faço votos que este sonho de um projeto sério e de rutura com os velhos costumes e vícios que levaram esta mui nobre nação à ruína e à beira da indigência não caia e permaneça nas mãos de oportunistas sem escrúpulos.
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