André Ventura mantém confiança no líder parlamentar do Chega acusado de agredir árbitros durante um torneio de futebol sub-13

André Ventura já pediu a demissão de mais de metade dos ministros do governo que está em funções há pouco mais de um ano mas quando existe alguma acusação ou alguma suspeita sobre algum dirigente do Chega opta por outro tipo postura, muito menos exigente.
O caso mais recente envolve o líder do grupo parlamentar Pedro Pinto que foi acusado na imprensa de insultar e agredir árbitros durante um torneio de futebol Sub-13 que decorreu no Crato, e onde o seu filho participou. O jornal Expresso avançou ontem que Pedro Pinto, que fazia parte da equipa técnica do FC Crato, terá sido visto a acertar com o chapéu na cara de um dos árbitros, o que foi desmentido pelo próprio. A GNR foi chamada ao local mas os jovens árbitros não quiseram apresentar queixa contra o deputado, apesar de ainda terem seis meses para o fazer.
O treinador dos sub-13 do Belenenses, João Afonso, disse ao jornal que prefere esquecer tudo aquilo a que assistiu por parte do líder do grupo parlamentar do Chega: “Viveram-se momentos que são a antítese do desporto e em dez anos de trabalho nesta área nunca tinha sido obrigado a tirar atletas destas idades dentro de um campo de futebol”.
O mesmo jornal avança que a dez minutos do fim o Belenenses goleava por 8-0 o FC Crato, e o Expresso viu Pedro Pinto orientar os jogadores da equipa do seu filho para se atirarem para o chão, simulando lesões para gastar tempo. O dirigente do partido de extrema direita terá ainda lançado por duas vezes bolas para dentro do relvado para impedir situações de ataque da equipa adversária.
André Ventura disse à imprensa que mantém “confiança integral” no seu líder parlamentar, descartando qualquer processo interno de averiguação de factos até porque “são factos da vida pessoal e privada. Não são factos de natureza política nem de natureza parlamentar ou partidária”. Para o líder do Chega basta a palavra do deputado eleito por Faro: “não houve qualquer agressão e não houve qualquer envolvimento em qualquer facto que tenha sido ilícito. Não há nenhum elemento que aponte noutro sentido e tenho a maior confiança na liderança da bancada do Chega”.