André Ventura, Cheganos Oficiais, José Dias

Fundador do Chega diz que André Ventura tem terror por qualquer oposição ou crítica amigável

José Dias, fundador que foi expulso do Chega a semana passada e que recorreu dessa decisão para o Tribunal Constitucional, critica a mudança do método na eleição dos Delegados à Convenção que se realiza este fim-de-semana: “Retrocesso democrático interno” e afirma que André Ventura tem terror por qualquer oposição ou crítica amigável, e por isso está rodeado por “Yes Men”.
O ex-vice-presidente do Chega escreveu na sua página:

“DAQUI NÃO SAIO, DAQUI NINGUÉM ME TIRA”
Na véspera de começar a Convenção do Partido Chega, não podia deixar de escrever algumas letras e de ao mesmo tempo desejar tudo de bom a todos os Convencionistas e uma excelente CONVENÇÃO.
Quero, no entanto, realçar e criticar o modo de eleição utilizado para que os Convencionistas pudessem estar presentes no evento mais importante do Partido CHEGA.
Claro que a mudança do método desta eleição para os Convencionistas, está impugnada e irá ter como destino o Tribunal Constitucional.
O chamado “método D’Hondt” foi inventado pelo Jurista Belga, Victor D’Hondt e desde então tem sido adotado pela quase totalidade das democracias liberais por se entender ser o mais justo e equitativo na distribuição de votos por mandato.
Foi pelo método de maioria de 2/3 na Convenção de Évora, que, André Ventura foi eleito líder do Chega. Foi pelo método de Hondt que se tornou deputado da nação, o último a ser eleito dos 230.
Mudar o método de Hondt por vencedores de listas únicas na maior parte é um (mais um…)
Retrocesso democrático interno do CHEGA e revela, infelizmente e de forma flagrante, o terror de André Ventura por qualquer OPOSIÇÃO ou mesmo simplesmente crítica, mesmo que até amigável.
Mas a verdade é que não há razão nenhuma para tais medos!
André Ventura é um orador brilhante e inteligente e líder incontestado…se deixasse florir o fruir de ideias e debates, como é normal num partido político, como é normal na política, como é normal na democracia, como é normal entre cidadãos que se defrontam, mas se respeitam!
Mas assim não! Definitivamente, assim não! Cada vez mais sozinho, cada vez mais isolado, rodeado por “yes men” que só dizem o que o líder quer ouvir, André Ventura faz lembrar algumas figuras risíveis da nossa história, todas com final infeliz.
É uma pena. Com uma conjuntura política favorável, o CHEGA só tinha e só pode crescer, convicto e saudável.
Mas não é assim. André Ventura lá vai fazendo os seus “fogachos” perante um “partido-cenário” que se aguenta por arames…sim, os militantes estão numa debandada geral!
Até ao dia que vá tudo abaixo, restando num palco em ruínas um líder pobre e sozinho.
É uma pena! Um desperdício!
José Dias
(Fundador do CHEGA e militante expulso – com recurso no Tribunal Constitucional e até à decisão do mesmo com os direitos inalterados).

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