Tiago Sousa Dias, ex-secretário-geral do Chega, que se demitiu desse cargo em Fevereiro de 2022 “porque preza a sua liberdade”, reagiu no Facebook aos ataques feitos no Congresso do partido de extrema-direita a Nuno Afonso, fundador do Chega que enviou hoje a carta a pedir a desfiliação. O ex-dirigente do Chega reservou para André Ventura o epíteto de “taberneiro instigador”, que “só se esqueceu de fazer aquilo que justifica os votos que teve: trabalhar”.
Luc Mombito, assessor pessoal de André Ventura, que parece que escreve em nome daquele que não pode responder nas redes sociais, chamou “saltimbanco que andou à procura de tacho” a Tiago Sousa Dias. Mas não deixa de ser estranho, pois Luc Mombito andou pelo PSD, foi apoiante da dupla “necessária” José Sócrates e Cavaco Silva, e apoiante de António Costa e do PS em 2014.
Tiago Sousa Dias escreveu no sábado na sua página:
A rábula da taberna
Ou
Texto jocoso no limite entre a realidade e a comédia
O Nuno Afonso é tão baixinho que não atira os dados, empurra-os.
Nuno, toma lá que já levaste.
Na Convenção do Chega tem sido esta a nota. Pessoas que dificilmente merecem esse título, vão ao palco grunhir e fazer trocadilhos sobre a altura do Nuno que, naqueles cérebros, julgam ser trocadilhos inteligentes.
Pior. Nem sequer estão a falar para o Nuno. Estão a falar para o taberneiro que pensa que está a construir um exército e mais não tem que um saco de batatas.
Tal é a constante batatada, noticiada várias vezes aliás nos próprios corredores da sede da democracia, que uns nos outros e outros num, se esquecem que muita batata num saco apodrece.
Um a um vão ter todos o mesmo destino. O desprezo do merceeiro que, assim, um a um ganha o desprezo de todos.
Acham-se todos protegidos se forem mais grunhos que os outros em sinal de obediência.
Quando um Partido é feito disto, não é Partido. É taberna onde os grunhos se embebedam, adotam comportamentos de grupo que de outro modo não teriam e acham que existindo uma ordem superior de insulto às características físicas de alguém é motivo de louvor e que lhes vai ser servido mais um copo.
Isso diz mais do tamanho desses cérebros do que do tamanho do Nuno.
E dizer mal das características físicas de alguém diz mais do Partido que se encontra no limite para ter que contestar o seu caracter racista, que descrimina características físicas de um setor social, do que possam imaginar.
Mas isso é natural, ou não fora o próprio do taberneiro o instigador desse tipo de comportamento quando insulta, a torto e a direito, todos os adversários políticos em função das suas características físicas.
Ele, o taberneiro instigador, fala da pobreza na terceira idade, das reformas baixas e crítica um deputado por ser velho chamando-o de avô bêbedo.
O mesmo que chama de tudo e do pior aos seus adversários, desde contrabandista ao gozo com o batom de uma mulher, só se esqueceu de fazer aquilo que justifica os votos que teve. Trabalhar.
Não pôs os pés na assembleia municipal onde foi eleito, reforma da justiça façam-na vocês que isso dá muito trabalho e quanto aos subsídios o melhor é pagar a toda gente e esquecer a subsidiodependência que isso de fazer um regime equitativo dá muito trabalho e o único que ali realmente sabia da poda… era o baixinho.
Eh pah oh Nuno. Cresce e aparece.
Segundo o Jornal o Novo, na sequência dessa publicação, Luc Mombito fez uma referência nas redes sociais ao “saltimbanco que andou à procura de tacho” pois antes de se filiar no Chega, Tiago Sousa Dias foi um dos fundadores do Aliança, partido criado por Pedro Santana Lopes, chegando a ser o cabeça-de-lista pelo círculo de Fora da Europa nas legislativas de 2019.
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