Cheganos Oficiais, Pedro Pessanha

Deputado do Chega diz que os portugueses consideram Salazar um político excecional e apresenta mais pontos Positivos que Negativos no Estado Novo

Pedro Pessanha partilhou a mensagem de André Ventura, onde o líder do Chega publicou a notícia da Revista Sábado e onde são referidos vários deputados do Chega que fazem referências a Salazar e ao Estado Novo. No que lhe diz respeito, a publicação revelou que o presidente da Distrital de Lisboa, e ex-CDS, colocou em 2019 um retrato de Salazar como foto de perfil no Facebook e partilhou um link de uma página que defende que a ditadura de Salazar fez evoluir o país a um passo mais acelerado do que o atual regime.
A acompanhar o print da Revista Sábado, Pedro Pessanha escreveu depois um longo texto conde compara o que foi Negativo no Estado Novo e o que foram as realizações Positivas, no entanto conseguiu encontrar muitos mais aspetos positivos do que negativos:

Quando se fala de Salazar e do Estado Novo há que separar o que é absolutamente NEGATIVO das realizações POSITIVAS.

NEGATIVO E CONDENÁVEL:
Ausência de Liberdade Política;
Censura;
Polícia de vigilância política e tribunais especiais.
A inflexibilidade negocial que levou o País à Guerra do Ultramar;
A insistência num País maioritariamente rural e agrícola numa época de evolução económica e social acelerada.

POSITIVO (e falta muita coisa):
Na Área Económica: a eletrificação do País; a rede de barragens das bacias do Tejo e do Douro; a restauração da rede viária; as travessias do Douro (Arrábida), do Tejo (Vila Franca e Lisboa) e do Mondego (Santa Clara); a modernização dos portos. (Tudo dentro dos prazos e orçamentos previstos, sem luvas nem corrupção, coisas de que nunca a oposição de então pôde acusar os homens ou o regime).
Na Área Social e Saúde: bairros sociais (Arco do Cego, Ajuda, Encarnação, Ameal, etc); rede de assistência médica das Caixas de Previdência; rede de assistência rural (Casas do Povo e dos Pescadores); rede nacional de escolas primárias; novas Universidades (IST, ISCEF); novos Hospitais Civis (entre os quais São João e Santa Maria).
Na Área da Defesa: reequipamento da Armada e do Exército; criação da Força Aérea.
Alguns índices numéricos em 1930 (antes do Estado Novo) e em 1970 (quatro anos antes do seu fim) são claros:

1930 1970
Analfabetos com mais de 7 anos: 62% 21%
Esperança de vida (homens): 45 anos 64 anos
Mortalidade infantil 215 por 1000 63 por mil
Escolas primárias 7700 16400
Professores primários 9500 28000
Estudantes secundário 18000 120000
Estudantes universitários 4900 43000

(Fonte: Portugal, Século XX de Joaquim Vieira)

Não se trata de fazer uma apologia, mas de constatar que houve um inegável progresso económico e social, infelizmente obscurecido por uma política repressiva das liberdades fundamentais. Não foi por acaso que em 2007 (há apenas 15 anos) a memória colectiva dos portugueses escolheu Salazar, num programa da RTP, como o maior português de todos os tempos. O que é manifestamente um exagero, mas significa que 39 anos depois da sua morte e 33 depois do fim do seu regime, o continuavam a considerar como um político excepcional.
André Ventura #Chega
Pedro Pessanha
Deputado da Assembleia da República

Faltou as comparações entre 1980 e 1930 e entre 1970 e 2010.

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2 Comments

  1. Pedro Santos

    O print é da revista Sábado, não da Visão!

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