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Será que pedir desculpa pelo papel de Portugal na escravatura e no tráfico de escravos é insultar os nossos antepassados?

André Ventura disse que pedir desculpa pelo massacre de 450 homens, mulheres e crianças é insultar os nossos antepassados e humilhar a nossa História, mas o que será que dirá se o Presidente da República ou o Primeiro Ministro, António Costa, pedissem desculpa pelo papel de Portugal na escravatura e no tráfico de escravos?
Foi o que fez hoje o primeiro-ministro neerlandês num discurso de 20 minutos que foi recebido com silêncio por uma plateia convidada no Arquivo Nacional. Mark Rutte pediu desculpas em nome do seu governo pelo papel histórico dos Países Baixos na escravatura e no tráfico de escravos: “Hoje peço desculpa”.
Segundo o site slavevoyages.org, Portugal/Brasil lidera a infeliz estimativa do Tráfico Transatlântico de Escravos com 5.848.265, seguindo-se o Reino Unido com 3.259.440, França com 1.381.404, Espanha/Uruguai com 1.061.525 e a Holanda com 554.336 embarcados.
Em abril de 2017 Marcelo Rebelo de Sousa visitou a ilha de Gorée, no Senegal e disse que o poder político português reconheceu a injustiça da escravatura quando a aboliu em parte do seu território “pela mão do Marquês de Pombal, em 1761”, mas não fez um pedido de desculpas.
Vários historiadores, alguns estadunidenses, defendem que Portugal devia pedir desculpa por tráfico de escravos conforme artigo do Diário de Notícias.
Vídeo do pedido de desculpas do primeiro-ministro neerlandês:

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