Porque é que André Ventura não respondeu se ainda se auto-infligia castigos corporais? Jovem Conservador de Direita tem uma teoria!

André Ventura deu uma grande entrevista ao Polígrafo, jornal de Fact-Checking que já deve ter validado mais mensagens verdadeiras do Blog do Cheganos do que do líder do Chega, onde tentou responder à sua maneira a quase todas as perguntas e onde garantiu que não mente para ganhar votos. O ex-comentador desportivo do CMTV deu ao Polígrafo matéria suficiente para o ano inteiro, mas não respondeu a duas perguntas: “Se ainda se auto-inflige castigos corporais” e “Quando é que foi a última vez que usou o cilício”.
O Jovem Conservador de Direita tem uma teoria para o facto do “Dr. Cabeça de Geleia”, um religioso performativo, ter deixado a teoria do cilício em aberto.
Mensagem do Jovem Conservador de Direita no Facebook:

O Dr. Cabeça de Geleia deu uma entrevista ao Polígrafo em que é confrontado com algumas das suas mentiras. Às vezes responde com outras mentiras, outras vezes tenta dizer que afinal não disse o que realmente disse. O normal num político de sucesso. É verdade que ele não mente para ganhar votos. Mente porque gosta e é bom no que faz. Felizmente é recompensado por isso, o que mostra que neste país ainda se reconhece o mérito.
Ele respondeu a todas as perguntas, excepto a uma. Quando a jornalista lhe pergunta se recorre à utilização de dispositivos religiosos de automutilação ele recusa-se a responder. O cilício é uma dominatrix portátil que os membros da Opus Dei usam na perna para se castigarem quando são maus meninos.
Podia responder o que quisesse que ninguém lhe ia exigir que se despisse. Porque é que ele prefere deixar no ar a possibilidade de usar aquele instrumento que as pessoas da Opus Dei usam para domar erecções como o Dr. Pavlov condicionava cães? Porque é que o Dr. Cabeça de Geleia quer que as pessoas pensem que ele é o mau do Código da Vinci e anda a vergastar-se como se fosse um aluno da escola primária do tempo do Dr. Salazar que não consegue decorar os rios?
Não sei. A minha teoria é que ele prefere não responder a esta pergunta para desviar a atenção das pessoas sobre aquilo que se passa na verdade debaixo do seu fato. Acredito sinceramente que tenha uma tatuagem dos teletubbies a fumar liamba com a Dra. Margaret Thatcher. Se isso se tornasse público ia perder toda a credibilidade. Nem milhares de vídeos do Dr. Tilly vestido de teletubby drogado iam salvar a sua reputação. Por isso prefere deixar a teoria do cilício em aberto. Porque o cilício é a antítese de um brinquedo sexual, uma espécie de anti-dildo. Tem um lado fetichista, claro. O Dr. Pedro Frazão não entra num estábulo sem o cilício no 11 e já sabemos todos o que acontece lá. Mas o cidadão normal olha para o uso do cilício como um acto respeitável. E mesmo quem não gosta do CHEGA pode ir buscar alguma satisfação ao facto de saber que o Dr. Cabeça de Geleia está a sofrer debaixo do fato.
O Dr. Cabeça de Geleia é um religioso performativo. Sempre que entra numa igreja leva um fotógrafo atrás para lhe tirar uma fotografia de joelhos. Como uma influencer que pede ao namorado que lhe tire fotografias em que está emocionada a olhar para uma taça de açaí. Ele gosta de se ajoelhar e de usar cilício para as pessoas ignorarem aquela parte do pensamento do Dr. Jesus que vê com maus olhos a ideia de deixar refugiados morrerem afogados. A influencer não gosta tanto de açaí como dá a entender. Tem de o fazer para capitalizar a sua marca. O Dr. Cabeça de Geleia faz exactamente a mesma coisa com a religião. Gosta de fingir que é um santo que vai ao ponto de se automutilar para evitar erecções, para se vender.
Qualquer pessoa religiosa vê com bons olhos que a sua religião seja instrumentalizada para fins políticos. Sobretudo se for para levar um auto-proclamado pastorinho de Fátima para o governo. Como diria o Dr. Jesus: “olhe, se for para deitar abaixo o xuxalismo é na boa.”