O Le Journal du Dimanche revela na sua edição de hoje, que após 5 anos de investigação do Escritório Central de Combate à Corrupção e Delitos Financeiros e Fiscais (OCLCIFF) à União Nacional (RN, sigla original), a conclusão é avassaladora: “por meio de seus executivos e gestores, montou um sistema organizado fraudulento de desvio de fundos europeus em seu benefício, através de empregos fictícios como assistentes parlamentares ”. Estas palavras estão no relatório resumido de 98 páginas datado de 15 de fevereiro e dirigido à juíza de instrução parisiense Claire Thépaut.
O semanário francês cita o inquérito judicial, onde se acusa o partido francês de extrema-direita liderado por Marine Le Pen de ter desviado 6,8 milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu.
A líder atual do partido aliado do Chega está indiciada e designada como instigadora e beneficiária deste sistema, onde é acusada em conjunto com outras 16 pessoas também ligadas ao ex-Frente Nacional (FN), e podem ser processados por “desvio de fundos públicos” ou ocultação deste delito, e suspeita de “Fraude de organização criminosa”.
A situação em causa terá começado numa altura em em que o RN ainda era liderado pelo pai da atual líder, Jean-Marie Le Pen, mas terá tomado forma sob a presidência de Marine Le Pen, após as eleições europeias de 2014, nas quais este partido de extrema-direita conquistou 24 lugares.
Segundo o semanário francês a gestão dos créditos atribuídos à contratação de colaboradores era “centralizada” pelo partido, que apenas deixava os seus deputados escolherem um auxiliar e se encarregava de contratar os restantes, Ainda de acordo com o Le Journal du Dimanche, a maioria dos suspeitos afirmou ter destruído os seus arquivos, ao mudar de computador, ou não guardou nada que justificasse a sua remuneração do Parlamento Europeu.
Cheganos, Internacionais, Marine Le Pen
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