José Dias, ex-Vice-presidente do Chega e Nº 1 da Lista A a Delegados por Lisboa, lista excluída de ir a votos a menos de 12 horas da eleição, o que fez com que os números escolhidos por André Ventura de irem a votos como lista única, disse na altura ao Expresso que se tratou de um “processo kafkiano e pidesco”:
Ninguém da direção falou connosco. A lista A nunca foi notificada de absolutamente nada, de nenhuma irregularidade. E foi claramente um processo tendencioso para afastar a lista A das eleições para o Congresso.
As irregularidades apontadas diziam respeito a quatro pessoas que alegaram não terem assinado nem se reverem naquela lista, e no entendimento do sindicalista da PSP, “essas pessoas tinham de ser substituídas, não tinha de se impedir uma lista de concorrer a eleições, é completamente absurdo”.
José Dias levantou ainda suspeitas sobre o processo:
Não se entende como é que alguém, que se sente prejudicado e diz que não assinou nada, vai à sede do partido em vez de ir à polícia. Isto foi tudo combinado.
A ação interposta foi assinada por mais de metade dos militantes da tal lista A, que incluía 126 candidatos e que tinha previsto eleger mais de 25% de delegados ao IV Congresso do Chega.
A votação para Delegados a Lisboa decorreu com várias acusações entre elementos da Lista A (opositores à Distrital) e a Lista B (escolhida pela Distrital e finalizada por André Ventura), no entanto nos últimos dias antes da votação notou-se um silêncio de vários elementos da Lista do “sistema”.
O sindicalista José Dias, ex-Vice-presidente do Chega e líder da Lista A, tinha acusado elementos da Lista B de tentarem condicionar e até intimidar elementos da sua Lista, no sentido de desistirem de a subscrever ou de a boicotarem na altura dos votos. Chegou ameaçar denunciar o caso à Polícia Judiciária.
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