Apesar de André Ventura continuar a “implorar”, através da imprensa amiga, por alianças com o PSD, de Rui Rio só conseguiu ter a resposta que não vai ter resposta, mas espera-se que em setembro o líder do Chega envie mais uma carta para ser notícia na imprensa.
Quem não esperou por setembro, foi o partido liderado pelo deputado liberal João Cotrim Figueiredo, que já reagiu à “carta anunciada publicamente e posteriormente enviada pelo presidente do partido Chega desafiando os partidos do espaço não-socialista para um encontro”.
A Iniciativa Liberal, que nas sondagens está cada vez mais perto do partido de André Ventura, rejeitou a proposta do Chega para uma conferência de direita, pois considera não ser séria e apenas propaganda, avisando os portugueses que, para uma alternativa, os votos no partido de extrema-direita serão desperdiçados.
Na sua página no Facebook, a Iniciativa Liberal revelou a sua posição sobre o convite “desesperado” de André Ventura:
Iniciativa Liberal acusa Chega de propaganda e avisa que votos no partido de Ventura serão votos desperdiçados
Em relação à carta anunciada publicamente e posteriormente enviada pelo presidente do partido Chega desafiando os partidos do espaço não-socialista para um encontro, a Iniciativa Liberal gostaria de deixar claro, também publicamente, o seguinte:
1. Discussões políticas sérias não são propostas previamente em público. Como esta o foi, não é uma proposta séria e visa apenas, e uma vez mais, efeitos de propaganda para a qual a Iniciativa Liberal não contribuirá.
2. O Chega acha que, se o seu desafio for recusado, poderá manter o seu discurso choroso de quem se acha vítima do sistema existente, ao mesmo tempo que revela uma enorme ânsia em pertencer e em beneficiar das mordomias desse mesmo sistema. Também para isto, a Iniciativa Liberal não contribuirá.
3. O Chega acha que, se o seu desafio for aceite, passará a ser visto como o autodesignado cabecilha de uma alternativa ao socialismo que nos desgoverna. A Iniciativa Liberal não só não contribuirá para essa pretensão tola, como relembra que a inconsistência das posições políticas do Chega e os seus tiques totalitários e estatizantes o tornam mais um clone do que uma alternativa ao PS. Talvez isso explique a razão pela qual o PS sustenta o peso político do Chega.
4. Por fim, o mais importante: o Chega exibe uma forma messiânica de fazer política que discrimina, divide e faz apelo ao pior que a natureza humana tem. A sua visão de sociedade é marcadamente iliberal e está nos antípodas daquela que a Iniciativa Liberal defende. Para isso a Iniciativa Liberal nunca contribuirá.
Os portugueses sabem que a Iniciativa Liberal luta energicamente, e contribuirá construtivamente, para uma alternativa política ao socialismo vigente que tem levado o País a este torpor vegetativo, pouco ambicioso e muito dependente do Estado. Mas é importante que os portugueses também saibam que na construção dessa alternativa os votos no Chega serão votos irremediavelmente desperdiçados.
À carta enviada, dizemos: não.
#PortugalMaisLiberal
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