Ex-líder do Chega Porto afirma que César do Paço financiou o partido de André Ventura e era o militante nº 918 (vídeo)

No seguimento da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa de obrigar a Wikipédia a apagar ligações de César do Paço ao Chega, José Lourenço publicou hoje um vídeo nas redes sociais para esclarecer a sua relação com o ex-cônsul honorário de Portugal e Cabo Verde.
O ex-líder do Chega Porto afirma que César do Paço financiou o Chega, que tem provas, que foi militante do Chega Nº 918, tal como a sua esposa (militante nº 16515). Diz que sabe bem o número de militante, porque ele era o número seguinte e ambos foram tornados militantes pelas mãos do deputado Diogo Pacheco de Amorim, e que César de Paço pagou as quotas dos dois para um ano, ou dois anos: “Podem ter apagado os registos, dentro do Chega acredito que possa valer tudo”.
José Lourenço, que quer desligar a sua imagem de César de Paço, afirma que o empresário é “mitómano, violento, vingativo, parte para o insulto e para a xenofobia”, e que pediu-lhe “para partir para a violência física com várias pessoas”.
O ex-dirigente do partido de André Ventura diz que o ex-cônsul honorário em Palm Beach “passa a vida em tribunal, que diz que no tribunal é que se sente bem, porque não perde um processo pois tem dinheiro, e os outros acabam por desistir”.
José Lourenço afirma ainda que “os doutoramentos dele em Oxford e Cambridge nunca existiram”, coloca em causa a forma como chegou a Consul de Portugal com aquele registo criminal: “Eu se calhar até sei como!” e diz que está à disposição das autoridades de Portugal e dos EUA: “Tenho muitas dúvidas da capacidade financeira… Há uma fuga aos impostos”.
Sobre o Chega diz apenas que é “um catavento político”, critica as contradições do partido de André Ventura e os convites a Bolsonaro e a Salvini “não são propriamente protótipos pessoas de bem”.