Eduarda Augusta Matos Pimenta da Silva foi suspensa hoje pela Comissão de Ética do Chega por um período de 90 Dias. A apoiante da Lista independente de Delegados por Braga no último congresso do Chega, liderada por Mónica Lopes, reagiu no Facebook: “Não posso continuar a militar no partido CHEGA enquanto este não tiver um líder com L maiúsculo”.
Eduarda Pimenta da Silva, já tinha sido suspensa em abril por 30 dias (colocaram o nome diferente daquele que foi hoje colocado – Maria Eduarda Matos Pimenta Silva) e indignou-se na altura no Facebook, pois apresentou a sua indignação aos órgãos do partido depois de ter sido alvo de vandalismo, mas ela é que acabou suspensa.
Em 23 de Maio de 2021 reagiu à primeira suspensão:
CHEGA? Que partido é este?
Quem é o seu líder André Ventura?
Foi a resposta a estas duas perguntas que me levou a militar no partido CHEGA.
Convicta de que tudo o que havia lido no seu manifesto e em outros documentos que fui encontrando na minha busca pelas respostas, e que era efetivamente o que o CHEGA professava, conclui que, finalmente, tinha nascido em Portugal um partido “às direitas”, verdadeiramente de Direita e ao mesmo tempo conservador.
Ingressei não só na militância, como também me envolvi num órgão politico concelhio.
Convém que antes de continuar a escrever, me dê a conhecer para que mais facilmente, quem me leia, possa fazer uma análise fidedigna.
Sou mulher e orgulho-me de o ser, sem ser feminista;
Tenho 57 anos, muito vividos, quer ao nível particular quer ao nível social pois tenho no meu percurso de vida a participação em várias estruturas e órgãos de caris social e politico;
Sou mãe de dois homens dos quais me orgulho desde o dia do seu nascimento até aos dias de hoje, pois são dois sere “inteiros”.
Sou trabalhadora e iniciei a minha atividade profissional com 17 anos.
Assim, feitas as devidas apresentações, continuo:
Empenhei-me sempre e dei sempre o máximo nas tarefas às quais me propus executar enquanto militante e membro da concelhia.
Por discordância com as metodologias usadas pela restante estrutura e pela forma deselegante como fui tratada por membros da distrital pedi a minha demissão de funções, sem, no entanto, deixar de trabalhar para o partido.
Sim!
Pode trabalhar-se muito para o partido sem estar integrado nos seus órgãos.
Uni-me a um grupo de militantes e participei em vários fóruns e seções de esclarecimento, via net.
Organizados e sendo em número suficiente, decidimos, legitimamente e cumprindo todas as regras, candidatarmo-nos como delegados à III convenção do CHEGA.
Ora, na noite que antecedeu o ato eleitoral, vi a porta do meu prédio, pela calada da noite, ser vandalizada com pichagens onde escreveram o meu nome.
Questionados os vizinhos, houve quem tivesse visto as movimentações e conseguiram identificar indivíduos vestidos com casacos escuros e carapuços. (não, não foram os antifas).
A desolação foi terrível, nunca nestes meus 57 anos, e no meu percurso politico e social havia sido vitima de tamanha crueldade.
Indignei-me e dei conta dessa indignação aos órgãos do partido que até à data de hoje, não tiveram um gesto de solidariedade ou piedade para com “um dos seus”.
Surpresa, passadas poucas semanas recebo um email reencaminhado da distrital a que pertenço a dar-me conhecimento da minha suspensão por 30 dias.
Suspensa sem direito a saber as acusações que me eram imputadas, mas com a hipótese de me defender no prazo de 30 dias.
Mas defender-me do quê, se nem sabia do que era acusada?
Bem, lá enviei um email para a CE e até ao dia de hoje a reposta foi o silêncio.
Sendo uma mulher habituada a lutar e a não baixar os braços às adversidades, continuei a defender o partido e a desmistificar a imagem que, tão habilmente, os opositores querem passar.
Envolvida em todo o ambiente politico do meu concelho, discordei em absoluto da escolha da candidata à câmara pelo meu partido.
Porquê? Pergunta-se.
Porque a pessoa em questão contraria em tudo os parâmetros defendidos pelo meu partido.
Os valores do conservadorismo, que requerem postura idónea perante a sociedade;
Lisura no trato e na convivência social;
E, não menos importante, uma imagem limpa de qualquer macula, na sociedade em que está inserida;
Além de que deve espelhar na sua conduta quotidiana os valores sagrados da família, da sua defesa e da integridade conservadora.
Em sinal de desacordo e, sendo sabedora que o nosso presidente André Ventura, viria ao meu distrito apoia-la, fui pessoalmente entregar-lhe em mão o meu cartão de militante.
Sei e assumo as consequências do ato que pratiquei.
Heis que recebo mais um email, mas desta feita a suspender-me por 90 dias com pedido de expulsão.
Surpreendida? Fiquei com a celeridade do processo, já da forma como o processo decorreu, não me surpreendeu.
Questiono-me sobre a legalidade desta chamada, “Comissão de Ética” e da “ética” dos membros que a constituem. Apropriado seria ser chamada de “Comissão da Rolha e do Favoritismo”, pois não faz mais do que suspender, a pedido e conforme as conveniências dos compadres (À la carte), militantes que não alinham na “manada”.
Não é nesta gente que me revejo!
Não é este o partido que eu quero para mudar o meu país!
A tão apregoada diferença não passa de meia dúzia de frases feitas, apregoadas por uns janotas bem-falantes, que mais tarde ou mais cedo se esgotarão no discurso.
Citando Sá Carneiro:
“A politica sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”.
Estarei disposta a correr todos os riscos em nome de um ideal, mas vergonhar-me por falta de ética, ISSO NUNCA!
Sou, a pedir desculpa a todos quantos envolvi neste projeto e a dar-vos conta da minha desfiliação no partido CHEGA.
Eduarda Pimenta da Silva
Ex-Militante nº 11186
Hoje, reagiu a nova suspensão:
Os Ratos têm de abandonar o Chega e vão fazê-lo nem que seja a última coisa que eu faça.”
(André Ventura)
Diz o velho ditado e com toda a propriedade, “Não é com vinagre que se apanham moscas”.
Como posso continuar num partido que à semelhança da “outra senhora”, coloca polícia politica (PIDE) nas redes sociais e expulsa os militantes quando expressam uma opinião que não vai de acordo com os “quereres” dos dirigentes do partido?
Como posso continuar a militar num partido em que o seu “líder” faz este tipo de afirmações?
Disse líder, mas André Ventura ainda é um aprendiz de líder porque não basta ter uma legião de seguidores para se ser líder.
Qual flautista de Hamelin!
Mas que características teria de ter A.V. para ser considerado um verdadeiro líder?
– Ser um exemplo para seus liderados;
Assim como os pais são o principal exemplo para os filhos, um bom líder também deve ser o exemplo para seus liderados.
O que se pode esperar de um líder que chama “ratos” aos seus liderados?
Pois então, o líder deve ser a primeira pessoa a demonstrar respeito e lisura de trato. Jamais deve agir por impulso.
– Ser agregador;
O líder tem a função de unir os elementos do grupo, para que juntos, possam alcançar os objetivos comuns.
A liderança está relacionada com a motivação, porque um líder eficaz sabe como estimular o grupo a dar o seu melhor.
Como se respeita um líder que divide o grupo, separando-o em subgrupos?
os protegidos e confiáveis
e os outros, os “ratos”, os que discordam de algumas diretrizes.
– Ser um exemplo de honestidade.
Um líder tem de ser admirado para ser seguido. Para tal, sua conduta ética tem que ser exemplar.
Como admiramos e seguimos um líder que se rodeia de colaboradores cuja honestidade é posta em causa pelas massas?
Como podemos admirar um líder que, não obstante haver provas legais da desonestidade dos seus escolhidos, vem a público defende-los com toda a sua força?
Não, decididamente não posso continuar a militar no partido CHEGA enquanto este não tiver um líder com L maiúsculo, com lisura de trato, com respeito pelos homens e mulheres que pretendem seguir o seu exemplo, com palavras solidas de conteúdo, com atitudes verdadeiras e sem hipocrisia.
Um LIDER em quem eu veja um Ser Humano Inteiro.
Quando o Partido CHEGA for liderado por um LIDER A SÉRIO,
CHAMEM-ME
VIREI A CORRER E TRAREI MAIS UNS QUANTOS.
Militante nº 11186
Eduarda Pimenta da Silva
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