André Ventura publicou novamente um vídeo dando a entender que era uma situação recente e que tinha acontecido em Portugal, quando na verdade aconteceu na Síria em 2013. O vídeo em causa, onde um muçulmano destrói a imagem de virgem Maria, foi gravado num contexto de guerra e depois dos muçulmanos invadirem e ocuparem uma região cristã na Síria.
O vídeo em causa já tinha sido partilhado por Donald Trump em 2017, e na altura foi acusado por políticos britânicos e organizações islâmicas e de direitos humanos, que alertaram que a publicação podia incitar à violência contra muçulmanos nos Estados Unidos. Trump partilhou o vídeo de grupos extremistas britânicos e a partilha foi verificada pela ABC News como sendo um vídeo de 2013, filmado na aldeia síria de Yakubiya, onde identificam o homem como um líder islâmico local. A ABC News confirmou ainda que o homem do vídeo, que fala árabe com um leve sotaque sírio, afirma que rejeita a adoração de ídolos antes de destruir a estátua.
O Polígrafo do Antifacho, à semelhança do que já tinha feito um Polígrafo na Bolívia para desmentir uma partilha que associava o vídeo ao conflito entre Israel e a Palestina, fez a verificação de factos para desmentir o líder do Chega.
André Ventura publicou o vídeo em causa e escreveu:
Em Portugal, a sua cultura e religião tem que ser aceite, nomeadamente a construção de mesquitas. Mas eles não respeitam a religião dos outros! Afinal que espécie de igualdade é esta, onde nós os respeitamos mas eles não nos respeitam a nós? #CHEGA
A página do Antifacho no Facebook partilhou um vídeo editado e fez o fact-cheking:
Vídeo original publicado no Youtube em 2013:
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