O Chega Açores que ainda não esqueceu a situação do deputado da Assembleia da República eleito pelo Chega, Miguel Arruda, arguido por suspeita de roubar malas nos aeroportos, tem agora nova polémica. O deputado do Chega na Assembleia Regional dos Açores, José Paulo Sousa, foi mandado parar numa operação STOP da PSP na madrugada de domingo (2 de fevereiro), tendo acusado 2,25 g/l de álcool no sangue.
Depois do líder do grupo parlamentar do Chega na Madeira ter sido apanhado pela polícia a conduzir com álcool no sangue, agora foi a vez de um eleito pelo partido de André Ventura nos Açores ser apanhado numa operação de STOP.
José Paulo Sousa ficou conhecido no final do ano passado por ter denunciado 15 embarcações de pesca de bandeira chinesa a operar na Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores. A mensagem que se confirmou ser falsa foi difundida nas redes sociais pelo Chega Açores e custou às Forças Armadas mais de 45 mil euros.
A notícia do deputado Regional do Chega nos Açores apanhado a conduzir com álcool no sangue (2,25 g/l) saiu primeiro no jornal Açoriano Oriental e José Paulo Sousa assumiu o caso numa mensagem publicada nas redes sociais:
Em primeiro lugar, quero enaltecer o trabalho dedicado das forças de segurança na prevenção rodoviária, que nos beneficia a todos enquanto sociedade, com um trânsito mais seguro e com menos acidentes. E, desta vez, fui eu quem experienciou na pele a seriedade de uma fiscalização, que me fez refletir imenso sobre este tema e sobre as minhas ações.
Venho expressar, de forma clara e sincera, o meu profundo arrependimento pelo erro grave que cometi na madrugada de 2 de fevereiro. Fui intercetado numa operação de STOP pela Polícia de Segurança Pública e, ao perceber a seriedade do que estava a acontecer, a culpa e o arrependimento tomaram conta de mim.
Após uma noite de convívio com amigos e conhecidos, tomei a decisão errada de conduzir de volta a casa. Reconheço agora que, naquele momento, não soube avaliar a gravidade da minha atitude e falhei ao não perceber o risco que coloquei a mim e aos outros utilizadores da via pública. Foi uma escolha irracional, da qual me envergonho.
Estou plenamente ciente de que não há desculpas para o que fiz, nem busco, através desta declaração, justificações para o meu erro. Aceitarei as consequências do meu ato com a convicção de que mereço pagar pelo que fiz.
Fui o mais cooperativo possível e segui todas as orientações dos Senhores Agentes que trataram do meu caso, era o mínimo que eu poderia fazer naquele momento de embaraço, assim como os Senhores Agentes foram sempre educados e me forneceram as informações de forma clara e cordial.
Aos mesmos, o meu muito obrigado!
Que sirva como um alerta não apenas para mim, mas para todos aqueles que puderem aprender com esta minha falha. Esta é uma oportunidade de aprendizagem que, embora dolorosa, me ensina ainda mais a importância de refletir sobre as minhas escolhas e as responsabilidades que advêm das mesmas.
Reitero novamente que, ao admitir publicamente o que fiz, não estou a procurar uma desculpa, mas aceitando a minha responsabilidade, e espero também que esta triste situação contribua para a consciencialização de que há erros que são evitáveis, e que a combinação de álcool e condução nunca deve ser uma opção.
-José Paulo Sousa.
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