André Ventura, Cheganos Oficiais, Miguel Castro

André Ventura afirmou em junho que o Chega não se vendia e que diziam Não ao Governo de Albuquerque

No dia 11 de junho, André Ventura publicou um vídeo nas redes sociais onde afirmava que o Chega dizia Não ao governo da Madeira liderado por Miguel Albuquerque, pois não se vendiam, tinham princípios, porque Portugal tinha que ser um país sem corrupção, um país limpo.
Mas menos de um mês depois, ontem, o Chega juntou-se ao PAN e ao IL para salvar Miguel Albuquerque e viabilizar o Programa do Governo da Madeira. Dos 4 deputados do Chega na Madeira, 3 abstiveram-se e permitiram aprovar o governo do PSD Madeira e dessa maneira evitar as eleições antecipadas. A “dissidente” Magna Costa, foi a única deputada do Chega a votar contra a proposta do governo social-democrata, apesar do líder regional do partido de extrema direita, Miguel Castro, ter referido que não havia liberdade de voto.
Discurso de André Ventura, publicado na sua página no Facebook no dia 11 de junho:

Porque é que dizemos não a este governo da Madeira liderado por Miguel Albuquerque?
Porque nós não nos vendemos, os nossos princípios, nem os nossos valores, nem nos deixamos seduzir ou pressionar, nem nos deixamos comprar.
Agora todos os que há uns meses atrás diziam que Albuquerque nunca podiam estar à frente do governo da Madeira ou dão-lhe apoio ou pressionam-nos para dar apoio, ameaçam com sermos penalizados com novas eleições, com estabilidade, é não conhecerem este partido.
Por nós, Albuquerque não tem condições para ser presidente de um governo nem na Madeira nem em lado nenhum de Portugal e nós não lhe daremos o nosso apoio.
A luta contra a corrupção. A teia de interesses que se montou em Portugal tem que começar a ser cortada. Tem que começar a ser parada e neutralizada. Ao apoiar governos como este, como o de Miguel Albuquerque, até se pode ganhar votos, até se pode ganhar apoio, até se pode ganhar estabilidade, mas vamos perder futuro.
Portugal tem que ser um país sem corrupção.
Portugal tem que ser um país limpo, tem que ser um país sem “polvos” de interesses, interesses instalados à volta do estado e negócios feitos à volta do estado e dos seus familiares.
Mesmo que sejamos penalizados.
Nós vamos dizer não a este governo de Miguel Albuquerque porque no Chega os princípios não estão à venda.
Nunca estarão.

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