No debate de urgência no parlamento da Assembleia da República sobre as greves e reivindicações dos professores, André Ventura no final do seu discurso referiu o nome do sindicato STOP por sete vezes em menos de 30 segundos, o deputado Gabriel Mithá Ribeiro fez questão de tirar selfies na “maior manifestação contestatária de sempre dos professores” organizada pelo STOP e o Chega partilhou essas fotos nas suas páginas.
O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (S.TO.P), através do seu líder e fundador, André Pestana, já tinha afirmado no inicio de janeiro que o Chega era o único partido que não era bem vindo ao protesto dos professores, até porque “Não aceitamos partidos racistas e xenófobos”.
Hoje e apesar do braço de ferro que tem com o Governo, o S.TO.P acompanhou o ministro da educação, João Costa, nas críticas ao Chega, acusando o partido de André Ventura de “oportunismo e aproveitamento vergonhoso”. Comunicado:
COMUNICADO DE IMPRENSA relativamente à tentativa de aproveitamento partidário da luta dos Profissionais da Educação
“O S.TO.P. – Sindicato de Todos os Profissionais de Educação vem por este meio repudiar de forma veemente o aproveitamento que o partido Chega fez da sigla do S.TO.P., tal como aconteceu na intervenção do líder deste partido no debate de urgência sobre a Educação realizado, dia 19 de janeiro, na Assembleia da República. Numa tentativa torpe de obter ganhos políticos com a justa luta iniciada pelo S.TO.P., o partido convocou o ministro da Educação com o objectivo de assumir como suas as reivindicações dos docentes e dos não docentes, pais e estudantes, e outros sectores da sociedade portuguesa, que aos milhares se têm manifestado em defesa de uma Escola Pública de qualidade de todos e para todos. O código ético do exercício de funções políticas tem sido repetidas vezes espezinhado pelo Chega, que parece não olhar a meios para alcançar os seus fins. Não esquecemos que no programa original deste partido se defendia a extinção do Ministério da Educação e a privatização total do sistema de ensino português. Não tenhamos ilusões: o facto de estas propostas terem sido alteradas é mais uma prova de oportunismo eleitoral e não uma alteração de pensamento.
Como se pode ler nos Estatutos do S.TO.P., assumimos como valores fundamentais a liberdade política, a igualdade de oportunidades, a participação democrática e o combate sem tréguas a todas e quaisquer formas de discriminação. Estes valores são o farol que nos guia e que defenderemos, sem vacilar, todos os dias da nossa vida. Esta grande luta/greve de todos os Profissionais da Educação, é uma mobilização totalmente apartidária e não aceitamos este tipo de oportunismo e aproveitamento vergonhoso.”
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