A Aliança desejada pela extrema-direita portuguesa já teve melhores dias! O PSD cancelou presença no Congresso do Chega porque “há limites para a decência”. Em comunicado, os sociais-democratas, que tinham anunciado a presença de uma Delegação Oficial composta por António Maló de Abreu, membro da Comissão Política Nacional, e dois membros da Comissão Distrital de Coimbra, avisam que não vão ao Congresso do Chega e explicam os motivos, que estarão relacionado com a forma como André Ventura se referiu a Rui Rio.
1 – O Partido Social Democrata aceitou o convite do CHEGA para estar protocolarmente presente no encerramento do seu congresso de Coimbra.
É esta a atitude que a direção nacional do PSD entende dever tomar, relativamente a todos os partidos com assento parlamentar – da direita à esquerda – sempre que recebe idêntico convite.
Para este efeito, o PSD destacou uma delegação oficial, composta por um membro da CPN e dois da CPD de Coimbra.
2 – No entanto, em face do conteúdo e da forma como o líder do CHEGA se referiu nas suas intervenções ao PSD, o Partido Social Democrata decidiu não se fazer representar na cerimónia de encerramento para a qual estava convidado.
3 – É óbvio que há muitíssimas diferenças entre o CHEGA e o PSD e que, em democracia, ninguém pode estranhar que, num congresso partidário, essas diferenças sejam evidenciadas. Nós próprios sempre o fizemos em todos os nossos congressos, relativamente aos nossos adversários políticos.
Só que há limites que a decência e o bom senso não permitem que possam ser ultrapassados, quer na forma, quer no conteúdo das alocuções. Esses limites, tal como é seu timbre, foram, mais uma vez, ignorados pelo líder do CHEGA.
4 – O presidente do CHEGA é livre de adotar a forma, o conteúdo e a teatralização política que achar que melhor lhe convém.
O PSD, pelo seu lado, é igualmente livre para escolher a resposta que entende como mais adequada às opções seguidas pelos seus adversários.
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