Carlos Furtado, líder do Chega Açores, que tido sido reeleito no dia 1 de Maio, para um mandato de três anos, diz não ter condições para continuar a liderar o partido no arquipélago, referindo estar sob uma “grande carga emocional” que tem condicionado o seu trabalho à frente da direção regional.
André Ventura foi informado no último fim-de-semana de que não tenho condições para levar adiante este projecto desta forma. Não o fiz em tom de ameaça, porque não é de homem fazê-lo. Fi-lo em jeito de informação, porque tinha de o fazer… Este é momento difícil para mim porque, neste momento, tenho sobre mim uma grande carga emocional que me impede levar por diante o trabalho que gostaria de levar em nome deste partido
A intervenção ocorreu Ponta Delgada, ilha de São Miguel, na presença do presidente nacional do partido, André Ventura, num balanço da actividade parlamentar regional e nacional.
Sem concretizar, o ex-líder do Chega Açores disse ser tempo de reflexão quanto ao futuro da estrutura regional:
Neste momento não posso, de forma nenhuma, envolver mais pessoas no projecto do Chega, enquanto não perceber que existem condições para essas pessoas estarem no partido sem serem enxovalhadas… Reconheço que gostaria de fazer melhor. Tenho a certeza que o povo açoriano ambicionava mais do Chega.
No inicio do mês passado foi anunciado que a direcção regional dos Açores do Chega deliberou que a actividade parlamentar do partido “fica coordenada inequivocamente” por Carlos Furtado, líder do partido e da bancada parlamentar, “o único deputado mandatado para representar o partido”.
As eleições para a liderança do partido surgiram depois de, em 14 de Março, ter sido tornado público que Carlos Furtado apresentara a sua demissão por causa de divergências com o deputado regional José Pacheco.
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