Inês de Sousa Real afirma que o seu partido nunca fará parte de um governo com o Chega, partido que segundo a deputada do PAN, apresenta uma agenda claramente xenófoba, misógina, que põe em causa os direitos humanos.
Em entrevista ao jornal Público a candidata única à liderança do PAN no congresso de Junho afirma que o seu partido concorre para ser Governo e tem de estar preparado para, no dia em que os portugueses lhes queiram dar essa responsabilidade, a assumir, no entanto afirma que não aceitaria fazer parte de um Governo do PSD que estivesse coligado com o Chega:
Essa é uma linha vermelha para nós. Forças políticas antidemocráticas e que põem em causa direitos humanos não têm um lugar naquilo que possa ser uma coligação, neste caso pós-eleitoral, com o PAN. Há aqui uma linha vermelha que nos parece inultrapassável no sistema democrático e por mais que possamos respeitar a diversidade política, se hoje é de saudar termos um Parlamento mais plural, não podemos deixar de alguma forma de olhar com frustração para aquilo que é uma agenda claramente xenófoba, misógina, que põe em causa os direitos humanos e não podemos ser tolerantes com a intolerância. É evidente que num executivo com o Chega o PAN nunca estará presente.
O PAN – Pessoas–Animais–Natureza está na Assembleia da República há seis anos, o que trouxe maior responsabilidade do ponto de vista daquilo que é a participação na vida política, apesar de manter o mesmo ADN, pois continua a ser um partido ambientalista e animalista e com uma dimensão de direitos humanos muito presente, nomeadamente em matérias de igualdade de género, questões LGBTi+.
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