André Ventura, Cheganos Oficiais, Rodrigo Alves Taxa

Gabinete de André Ventura foi alvo de buscas no processo Tutti Frutti: “Cérebros eram os aliados mais próximos de Ventura no PSD”

Ontem os órgãos de comunicação social estiveram em polvorosa devido a mais uma busca da Polícia Judiciária na Câmara Municipal de Lisboa, mas depois a PGR (Procuradoria-Geral da República) confirmou que as investigações em causa estão relacionadas com o processo Tutti-frutti, uma investigação iniciada em 2017 sobre alegados favorecimentos de dirigentes políticos a militantes do PSD e do PS.
Em junho de 2018 foi notícia na imprensa que o Gabinete de André Ventura, na altura vereador pelo PSD na Câmara Municipal de Loures, foi alvo de buscas, decorrente da Operação Tutti Frutti. Na altura o líder do Chega limitou-se a dizer ao Correio da Manhã, onde era então comentador, que “a PJ esteve nos gabinetes e foi dada toda a colaboração”.
Neste caso a Polícia Judiciária ainda está a investigar suspeitas de crimes como tráfico de influências, corrupção, participação económica em negócio ou financiamento proibido dos partidos.
Fabian Figueiredo, membro da Comissão Política do Bloco de Esquerda, fez uma thread em janeiro de 2021 sobre o caso, onde levanta algumas suspeitas sobre André Ventura – “Cérebros do ‘Tutti Frutti’ eram os aliados mais próximos de Ventura no PSD”, que envolvem o presidente do Conselho de Jurisdição do Chega, Rodrigo Alves Taxa, e Eric Habibo:

O que é que a Polícia Judiciária esteve a fazer no gabinete de André Ventura?
Em junho de 2018, a Polícia Judiciária entrou nos Gabinetes dos Vereadores do PSD de Loures, à época liderados por André Ventura, no âmbito do processo de investigação de corrupção autárquica e de financiamento partidário ilegal “Tutti Frutti”.
A Polícia Judiciária suspeitou que os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Loures, liderados por André Ventura, teriam contratado um militante do PSD Lisboa para servir de “assessor fantasma”.
O salário pago a esse assessor serviria alegadamente para financiar um saco azul.
Ventura fica aflito e reage imediatamente nos estúdios da CM TV. Refugia-se no seguinte argumento: “nunca recebi um tostão do PSD” (a investigação não é sobre isso) e acrescenta “nem tenho colaboradores relacionados com as investigações em curso”. Vamos ao fact check.
Em abril de 2018, em reunião da CML são aprovadas duas contratações para o Gabinete do PSD Loures, liderado por Ventura:
Rodrigo Taxa (atual assessor parlamentar de Ventura e militante do Chega) e Eric Habibo.
Fonte: https://app.cm-loures.pt/webod/ACTAS/RC_000131_24042018.pdf
Lembram-se do perfil traçado pela PJ sobre o assessor fantasma? Um militante do PSD Lisboa.
E sabem quem calha estar filiado no PSD Lisboa?
Eric Habibo, uma das duas contratações que André Ventura aprovou em reunião da Câmara de Loures.
Sabem quem é que a PJ acha que está à cabeça da rede “Tutti Frutti”?
Sérgio Azevedo, Luís Newton e Carlos Eduardo Reis.
Sabem que lista elegeu André Ventura para o Conselho Nacional do PSD?
A lista controlada por Sérgio Azevedo e Carlos Reis.
Fonte: https://tvi24.iol.pt/comissao-politica-nacional/comissao-politica-nacional-psd/comissao-politica-de-passos-eleita-com-quase-80-dos-votos
Conclusão
Cerébros do “Tutti Frutti” eram os aliados mais próximos de Ventura no PSD. Tanto assim é, q é eleito pela lista dos “Tutti Frutti” no Congresso e não na de Passos Coelho, cuja liderança apoiam.
Aprova um alegado “assessor fantasma” na CML.
E não sabia de nada?

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