Apesar de André Ventura e o Chega, muito antes do julgamento, terem certeza que este caso não se tratou de racismo, o Ministério Público tem opinião diferente, e afirmou hoje que o ódio racial ficou provado com base nas perícias, e por isso pediu uma pena não inferior a 22 anos de prisão efetiva para Evaristo Marinho, reformado de 76 anos, acusado por homicídio qualificado do ator Bruno Candé, baleado em julho do ano passado na Avenida de Moscavide, em Loures.
Nas alegações finais realizadas no Tribunal de Loures, o MP acusou Evaristo Marinho de um crime de homicídio qualificado (pena não inferior a 20 anos) e outro de posse de arma proibida (consoante anos de posse), explicando que já teria havido um desentendimento antes entre as partes e que o arguido teve intenção de matar.
Para a Procuradora ficou demonstrado que crime aconteceu devido a motivos de caráter fútil e torpe: “Não havia qualquer justificação para nenhuma discussão. O ódio racial resulta demonstrado pelas palavras que foram ditas a Bruno Candé”, disse, salientando que “foram corroborados pelas perícias”.
Para o Ministério Público tratou-se de premeditação “O senhor Evaristo já ia munido com uma arma de fogo. […] A arma já vinha com a munição na câmara”.
A defesa de Bruno Candé concordou com as alegações finais do MP, reiterando que Evaristo Marinho deve ser julgado com “uma pena perto da máxima”.
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