Rui Alexandre Pires Campos Silva, cabeça de lista do Chega em Odemira nas Eleições Autárquicas de 2025, único eleito pelo partido de André Ventura nesse município de Beja, renunciou antes da tomada de posse ao seu mandato como vereador e foi substituído por Manuel Cardoso Matias, pai da líder da Juventude Chegana, Rita Matias.
Rui Campos Silva foi notícia antes das eleições autárquicas de 12 de outubro devido a ter várias notificações de contumácia e um histórico de crimes como emissão de cheques sem provisão e condução sem carta, mas isso não impediu de ser eleito com quase 18% dos votos.
A Concelhia de Odemira do PS criticou através de comunicado o cabeça de lista do Chega à Câmara Municipal:
𝐂𝐚𝐧𝐝𝐢𝐝𝐚𝐭𝐨 𝐩𝐚́𝐫𝐚-𝐪𝐮𝐞𝐝𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐠𝐚 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 𝐧𝐚̃𝐨 𝐚𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐞𝐦 𝐎𝐝𝐞𝐦𝐢𝐫𝐚
Decorreu hoje, na Praça Sousa Prado, em Odemira, a cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos do Município de Odemira. Tomaram posse o Presidente da Câmara Municipal, Hélder Guerreiro, e os 6 vereadores eleitos nas eleições de 12 de outubro, os 21 membros da Assembleia Municipal, bem como os 14 cidadãos mais votados nas Assembleias de Freguesia do concelho.
Todos os eleitos assumiram as respetivas funções, com exceção do candidato à Câmara Municipal pelo partido Chega que apresentou renúncia ao mandato ainda antes da realização da cerimónia, sendo substituído no ato pelo n.º 2 da respetiva lista, também ele um cidadão sem qualquer ligação conhecida ao concelho de Odemira.
Num partido que apregoa no seu discurso político a promessa de mudança e a defesa de uma nova forma de fazer política, esta decisão suscita legítimas dúvidas quanto à sua coerência e compromisso com os eleitores do concelho de Odemira.
Será “fazer diferente” não respeitar o resultado eleitoral? Será “fazer diferente” apresentar um candidato alheio à realidade local, que acaba por não assumir as responsabilidades para as quais foi eleito? Ou será “fazer diferente” permitir que o lugar seja ocupado por quem não foi diretamente sufragado para o cargo?
Esta atitude constitui um desrespeito pelo processo democrático e pelos cidadãos que participaram de forma consciente nas eleições autárquicas, desvalorizando o princípio da representação e o papel das instituições locais.
É igualmente de registar a ausência de qualquer explicação pública por parte do partido Chega, situação particularmente relevante tratando-se de uma força política habitualmente muito ativa na comunicação pública.
O Partido Socialista deseja a todos os eleitos um excelente mandato, pautado pelo respeito democrático, pela cooperação institucional e pelo compromisso comum de defender o território de Odemira e o bem-estar de todos os Odemirenses.
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