Rui Tavares fez ontem uma declaração política no parlamento onde comparou os protestos por parte de militantes do ex-PNR (atual Ergue-te) na sede do Livre ao cerco por parte do Chega à sede do PS: “tática corriqueira da extrema direita”.
O fundador e deputado único do Livre alertou para a mensagem “nem sequer muito implícita” nos cartazes do partido de André Ventura para a “eliminação de adversários políticos” e quer que o parlamento tenha um papel a desempenhar na defesa de deputados e, sobretudo, deputadas que foram alvo de insultos racistas ou misóginos no Parlamento.
Sobre o cerco do Chega à sede do PS, Rui Tavares não tem dúvidas que foi um fracasso:
O alegado cordão humano foi um fracasso, apenas serviu para mostrar a incapacidade de organização da extrema-direita, que aquela ação foi tão ridícula, que o próprio líder logo que pôde zarpou para outros destinos.
O partido Livre partilhou o vídeo em baixo e escreveu na sua página:
Lidar com ameaças autoritárias não é uma ciência exata. Mas há uma regra que podemos aplicar. A cada momento em que a democracia é ameaçada – seja quando é connosco ou com outros democratas – fazermos e dizermos aquilo que tem de ser feito e dito e não nos remetermos ao silêncio.
Só assim podemos combater aquilo que vem no livro dos populistas: dar um passo, esperar que ninguém repare e se indigne com isso e, após um tempo, dar outro passo ainda maior, repetindo sempre a receita. E esta depende se os democratas caem ou não no silêncio e nos sectarismos. Só com um espírito de solidariedade entre democratas podemos ter uma democracia que se defende eficazmente a si mesmo.
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