Rodrigo Alves Taxa, o novo Presidente do Conselho de Jurisdição do Partido Chega, chama palhaço a Pedro Benevides, Subdiretor de Informação da TVI Editor de Política. Em causa está a entrevista que André Ventura deu ontem na TVI24, onde foi confrontado com imagens suas ajoelhado em frente a um pequeno batalhão de fotógrafos no último Congresso, em que faz um gesto onde segundo o próprio está a agradecer aos militantes e dando a entender com a mão que todos estão ao mesmo nível, mas em que algumas fotografias aparece como estando a fazer uma saudação Nazi.
A TVI, André Ventura e um palhaço
Quando ontem me desloquei a Queluz de Baixo para acompanhar o nosso líder à entrevista que ia dar à TVI, comentei com o próprio, com o Rui e com a Patrícia, que passados tantos meses de parvoíce jornalística, este poderia ser o momento em que talvez nos deixassem falar do programa político do Partido e das grandes reformas que nos propomos fazer quando formos governo, de uma forma digna.
Tinha essa esperança. Desde logo porque foi para esse fim que o canal televisivo em causa convidou André Ventura a estar presente.
Mas não. Uma vez mais, infelizmente, rapidamente fiquei a perceber que isso não aconteceria. Aquilo que se passou na TVI foi pura e simplesmente uma palhaçada, desta feita com Pedro Benevides a fazer autenticamente o papel de palhaço.
Lamento ter de o dizer. Lamento, profunda e honestamente.
Mas só um palhaço, que segundo os dicionários de língua oficial portuguesa é um “actor cómico ou profissional que tem intenção de divertir o público” ou ainda “pessoa que diz ou faz disparates ou coisas engraçadas ou que não é habitualmente levada a sério”, pode fazer aquilo que foi feito.
Só por palhaçada, e para ser palhaçada, só pela mão de um palhaço, pode alguém colocar imagens de um líder político ajoelhado ao seu Congresso, ver que ele está a agradecer aos militantes nele presentes dando a entender com a mão que todos estão ao mesmo nível e, ainda assim, vir dizer que o homem está a fazer uma saudação Nazi.
Já farta. Já cansa. Já enoja. Já repugna. Já ofende.
Já não se aguenta esta diabolização política que se faz ao CHEGA e a André Ventura. É demasiado reles. É demasiado baixo. É demasiado desleal. É demasiado pequenino.
Como é que é possível alguém como Pedro Benevides montar um número destes na televisão quando nem ele acredita no que disse? Vergonhoso. Miserável. A mim, desculpem-me a dureza das palavras, estas cenas, metem nojo. Deslealdade pura. Jornalística, profissional, política e intelectual.
E quero já fazer um alerta:
Que ninguém me venha com a história que estou a ofender o jornalista em causa quando digo que fez papel de palhaço. Primeiro, porque como se vê no dicionário, chamar alguém de palhaço não é ofensivo desde que a pessoa faça o que os palhaços fazem, e Benevides, fê-lo, em segundo, porque nada tenho contra palhaços, e em terceiro, porque para que alguém se sentir ofendido por outro dizer que fez papel de palhaço, deve primeiro perceber que realmente ofensivo é desvirtuar imagens para querer passar a ideia de que somos de extrema-direita ou Nazis.
Para lá disto, que dizer?
Depois queixam-se que não sabem o programa político do CHEGA. É normal. É, infelizmente, normal.
Como poderão algum dia saber, se cada vez que convidam André Ventura para sobre ele falar, montam este triste espectáculo?
Como poderão algum dia saber, se cada vez que perguntam alguma coisa a André Ventura, ao fim de trinta segundos já o estão a interromper com apartes mal-educados e despropositados?
Como poderão algum dia saber, se quando fazem uma pergunta a André Ventura, não só não o deixam responder a ela, como lhe fazem imediatamente outra questão e ainda assim respondem por ele?
Uma vez mais, aquilo a que assistimos na TVI não foi jornalismo. Foi, trampa.
Tenham vergonha! É que muito sinceramente a paciência tem limites e o ponto de saturação está cada vez mais perto. Basta deste constante achincalho à honra de um partido político, ao bom nome e imagem de André Ventura é à honra de todos os votantes do CHEGA.
Sejam pessoal, profissional, jornalística e politicamente sérios.
Não é preciso gostarem do CHEGA. Ninguém vos pede que sejam simpáticos com André Ventura. Ninguém quer que sejam brandos com um partido que também não é brando com o sistema instalado que vos paga. Ninguém quer que digam bem de nós se entenderem que não o devem fazer. Não queremos que se identifiquem connosco se realmente não se identificarem.
Mas sejam sérios!
Palhaços e palhaçadas, circo!
Rodrigo Alves Taxa
Assessor Jurídico do Gabinete Parlamentar do Partido CHEGA
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