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Polícia agrediu manifestantes antifascistas, jornalistas e turistas para desimpedir Praça para entrarem os manifestantes contra os imigrantes

Ontem, foi dia de um pequeno grupo de neonazis se manifestar contra os imigrantes na Praça Luís de Camões, e de um grande grupo de antifascistas de juntarem no Intendente para apoiar os imigrantes. No entanto, nem todos os antifascistas ficaram pelo Arraial do Intendente e alguns deslocaram-se para contestar a manifestação de apoiantes de Salazar e do Chega, no Chiado ou na Praça do Município, onde os polícias não “adoeceram” e protegeram os seguidores do ex-Skinhead neonazi Mário Machado.
Segundo o jornalista do Setenta e Quatro, a polícia não deu qualquer ordem para desmobilizar um grupo de meia centena de pessoas que se colocou num canto da Praça do Município, em Lisboa, a cantar palavras de ordem contra o racismo e o nazismo.
O João Biscaia escreveu nas redes sociais que os polícias começaram a carregar com os cassetetes e a bater indiscriminadamente, e apesar de estar identificado como jornalista foi agredido a murro, empurrado e pontapeado.
Segundo a mesma fonte, a polícia agrediu outros jornalistas, bem como turistas e outros transeuntes que assistiam ou passavam na rua do Arsenal, para procederem à limpeza da área para a entrada da manifestação fascista, o que terá provocado 4 feridos com gravidade e dois detidos.
Reportagem do Setenta e Quatro:


João Biscaia partilhou os vídeos em baixo e escreveu vários tweets:

Não houve qualquer ordem da polícia para desmobilizar um grupo de umas 50 pessoas que se colocou num canto da Pç do Município, em bloco, a cantar palavras de ordem contra o racismo e o nazismo.
O protesto espontâneo chegou à praça antes da manifestação dos neonazis.

Não houve qualquer sugestão, sequer, de violência nem desordem. Era um grupo de pessoas a manifestar-se de acordo com a lei constitucional. Se era preciso limpar a praça e deixar entrar os nazis, a polícia poderia ter dado ordem para desmobilizar, com brio e sem provocações.

Não foi o que aconteceu. Começaram a carregar com os cassetetes e a bater indiscriminadamente. Não ouvi uma ordem, para além de um agente dizer-me, jornalista identificado e à margem da confusão, “tá a andar, caralho”, enquanto me empurrava. Tentou desequilibrar-me com um pontapé

Outros colegas também foram agredidos na mesma situação, enquanto tentavam documentar as agressões. Turistas e outros transeuntes que assistiam ou passavam na rua do Arsenal foram agredidos e ameaçados. Enquanto tentava filmar isso, ao longe, um agente acertou-me um soco.

Tudo isto demorou uns 10 minutos, até as pessoas serem empurradas para uma estrada cujo trânsito ainda não havia sido cortado.
A manifestação neonazi pode ocorrer sem quaisquer distúrbios, garantida a ordem pública.
Felizmente está tudo filmado.

Não deu para contar feridos nem detidos, mas do que foi possível saber houve 4 pessoas feridas com gravidade (uma rapariga, vi eu, teve de sair em braços e sangrava profusamente) e pelo menos 2 detidos. Um dos detidos, já imobilizado no chão, levou duas cacetadas nas costas.

O jornalista Ricardo Esteves Ribeiro também gravou a situação:


Vídeos partilhados pelo jornalista João Biscaia:


No Chiado, os manifestantes anti imigrantes fizeram saudações nazis e gritaram por Salazar, mas também foram confrontados por antifascistas:

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