Paulo António Silva Martins, que foi nomeado esta semana Coordenador da Concelhia do Chega do Porto pelo Presidente da Distrital, Rui Pedro da Silva Afonso, é acusado de ter agredido com “socos e pontapés” um militante em 20 de julho.
O jornal Novo avança com um artigo onde revela que a vítima formalizou a queixa na Polícia de Segurança Pública e no Conselho de Jurisdição do Chega, mas que este Órgão Nacional do partido de extrema-direita não deu andamento até ao momento da queixa.
Segundo o militante agredido, que preferiu manter o anonimato, a agressão violenta ocorreu à porta da Sede do partido, no Porto, na sequência de uma reunião em que os ânimos se exaltaram:
Sem que a vítima “pudesse esboçar qualquer tipo de defesa” foi violentamente agredido com socos e pontapés em várias partes do corpo”. “Passados alguns minutos”, o agressor “volta a agredir” a vítima, “igualmente com pontapés e socos, desta vez contra umas viaturas que se encontravam estacionadas no locar”
O ofendido, que fez exames de perícia no Instituto de Medicina Legal, ainda não foi contactada pelas autoridades nem pelo CJN do Chega, presidido por Rodrigo Alves Taxa, acredita que o agressor teve como “objetivo anular a candidatura independente à Junta de Paranhos para que em seu lugar pudesse concorrer a mulher do agressor [Sandra Gago]”.
O líder da Distrital é acusado de “abafar e compactuar” com os agressores ao nomear Sandra Maria Gabriel Alves Gago para candidata nas autárquicas de Setembro de 2021 e Paulo Martins para candidato a deputado nas Legislativas de 2022, 13º na lista.
Contatado pelo jornal, Rui Afonso, cabeça de lista a deputado do Chega no Porto, diz que não presenciou a agressão: “Sei que houve uma discussão mais acesa, mas creio que nem estavam nas instalações do partido. Foi uma altercação, mas acredito que não tenha sido nada de especial”, e afirma desconhecer que tenha sido apresentada queixa ao Conselho de Jurisdição Nacional do partido.
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