Paulo Ralha está em destaque na revista visão onde confirma que foi convidado pelo seu “amigo” André Ventura para ser assessor do Grupo Parlamentar do Chega nas áreas de Economia e Finanças. O ex-cabeça de lista do partido de extrema direita nas Eleições Legislativas de 2022 pelo círculo de Coimbra, foi militante do PS durante vários anos, candidato nas Eleições Legislativas de 2019 pelo Bloco de Esquerda e apoiante de Marisa Matias nas Eleições Presidenciais de 2020 escreveu em 14 de novembro de 2018 num artigo de opinião no Jornal de Barcelos:
Um dos perigos da democracia são as derivas populistas e antidemocráticas…
O que conduz cidadãos livres, que vivem em regimes democráticos, a elegerem líderes políticos populistas e antidemocráticos, que de forma camuflada ou declarada, defendem o regresso das ditaduras?
O ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos tem uma amizade de longa data com André Ventura, e o atual dono do Chega colaborou esporadicamente com o sindicato, no tempo em que Paulo Ralha era o líder, tendo escrito para a revista do STI e em fevereiro de 2018 deu uma formação de âmbito fiscal aos sócios do sindicato de seis horas, pela qual recebeu 300 euros.
Quando era presidente do STI, Paulo Ralha recorreu a Tiago Caiado Guerreiro, advogado e ex-patrão de André Ventura, para se defender em processos judiciais, ao qual pagou 32 mil euros por serviços jurídicos.
O Conselho Disciplinar considerou que os gastos nunca deviam ter sido pagos pelo sindicato, no entanto o processo no Ministério Público acabou por ser arquivado por prescrição de prazos.
Paulo Ralha publicou o artigo da revista e esclareceu:
Relativamente a esta reportagem, só tenho a retificar/acrescentar e/ou precisar o seguinte:
1. Nunca manifestei intenção de concorrer a uma autarquia e menos ainda de querer ser presidente de câmara;
2. As contas relativas aos pagamentos a advogados foram aprovadas em reunião de direção e em conselho geral. O processo em causa diz respeito a uma afirmação que fiz em defesa da petição que liderei contra a existência de off-shores sobre a qual um membro da distrital de Lisboa tinha uma opinião diferente;
3. O Conselho Fiscal em causa foi o que em 2012, na altura em que a minha direção tomou posse, não tinha dado conta que faltavam milhares de euros nos cofres do sindicato relativos a 3 tranches do rappel do seguro de saúde, de anos anteriores. Situação que a direção a que presidi detetou e fez regularizar, tendo apresentado queixa pelos factos apurados ao MP.
Paulo Ralha comentou ainda:
O Chega foi formado em 2019 e nunca foi, nem é, de extrema direita.
Além disso orgulho-me do passado e é com a aprendizagem que o passar dos anos e a experiência nos concede (pelo menos aos que tem a humildade para o reconhecer) que faço as minhas opções.
O novo assessor dos deputados do Chega diz que o partido de André Ventura não é, nem nunca foi, de extrema direita, mas está integrado no grupo europeu de extrema-direita Identidade e Democracia (ID), da qual também fazem parte os partidos de extrema-direita francesa Frente Nacional e de extrema-direita italiana Liga Norte.
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