André Ventura deu uma entrevista ao Poligrafo, jornal que o elegeu como o Pinóquio de 2022, onde confirmou que “a nossa esquerda diz toda” que “a sharia ou as regras muçulmanas nalgumas cidades são ok”, mas só quando a jornalista Salomé Leal insistiu para que dissesse em que circunstâncias e quem disse isso, o líder do Chega respondeu “desde o Francisco Louçã a outros…”
O fundador do Bloco de Esquerda reagiu nas redes sociais e diz que o ex-comentador desportivo do CMTV sabe que o que disse “é inventado” e que sonha com frases suas.
O economista afirma ainda que André Ventura “Insiste em mentiras”, foi “condenado por todos os tribunais por declarações racistas” e “a sua política vive do ódio”.
Quanto aos que acham que o melhor em relação à extrema direita é o silêncio, Francisco Louçã defende que isso é tudo leite derramado: “Agora é gozar com o ridículo, que é também onde dói mesmo à extrema-direita: são perigosos e são ridículos”.
Francisco Louçã escreveu na sua página:
Não são só mentirinhas, é mesmo amor
Bem se sabe que o Ventura insiste em mentiras, que foi condenado por todos os tribunais por declarações racistas, que a sua política vive do ódio. Pois quero mostrar-vos o caso da entrevista desta semana ao Polígrafo em que, apanhado em não sei quantas dessas mentiras, mostrou que, afinal, tem um fundo de preocupação com os outros e que não esquece ninguém. Só lhe posso agradecer essa espécie de carinho que o leva a citar-me, mesmo que a propósito da vida em Marte.
Eis o extrato da entrevista:
“Polígrafo: (diz um líder de extrema direita europeu e Ventura afirma que concorda) “Venho de um país onde se diz que a sharia ou as regras muçulmanas nalgumas cidades são ‘ok’.” Onde é que se diz isto, exatamente?
Ventura: A nossa esquerda diz toda isso.
Polígrafo: Essas declarações que foram feitas pela esquerda portuguesa… tem noção de quando, em que circunstâncias?
Ventura: Mas eu nem preciso de saber quando. No Parlamento, sempre defenderam a massificação dessa cultura islâmica na Europa. Encontrará vários a dizer isto, desde o Francisco Louçã a outros…”
Coitado do Ventura, sabe que é inventado, mas diz que eu terei defendido a “sharia” para as cidades portuguesas, ou para o mundo inteiro, tanto faz. Insisto, não lhe levem a mal, é mesmo amor. Precisa de me puxar para a conversa e se é a propósito da “presença islâmica que tem levado em muitos casos à diminuição das mulheres enquanto seres humanos, sociais… à adulteração e ao fanatismo cultural. E já não estou a falar de ataques terroristas, porque isso é uma minoria muito significativa”, seja, continua a ser amor. Ele, ao contrário de gente de maus sentimentos, não se esquece de mim.
E vejam como é bonito, nem “precisa de saber quando”. Foi qualquer frase, com a particularidade ainda mais encantadora de ser inventada, que tanto o marcou que deve repeti-la. Ele está atento, mesmo que às suas próprias invenções, e sonha com frases minhas. Que melhor elogio poderia eu ter esta semana? Obrigado, caro Ventura.
Uma seguidora confrontou Francisco Louçã:
Compreendo a tentação de responder à calúnia, mas ele vive desta atenção mediática que lhe dão, do bate boca e FL está a morder o isco. A seguir, jornais repercutem este post em forma de notícia “Louçã responde a Ventura” e assim mais uma entrevista deste chega a um maior número de pessoas
Francisco Louçã, que não defende a tese do silêncio em relação à extrema-direita, respondeu:
A experiência do silêncio funcionou? ou pode funcionar? vai deixar de haver entrevistas numa televisão, vistas por milhões de pessoas? Isso é tudo leite derramado, se me permite a franqueza. Agora é gozar com o ridículo, que é também onde dói mesmo à extrema-direita: são perigosos e são ridículos.
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