Marcus Santos reagiu à notícia do Diário do Centro do Mundo, jornal brasileiro, que escreveu sobre um dos “fenômenos mais sinistros advindos da ascensão da extrema-direita”, que são os “negros racistas”, e publicou um vídeo (ver em baixo) com o discurso do dirigente brasileiro da distrital do Chega Porto.
O brasileiro, que segundo a dirigente do Chega em Cascais, Maria Vieira, não é português porque não nasceu em Portugal, emigrou aos 18 anos para os Estados Unidos, antes de tentar a sua sorte em Portugal, discursou no último Congresso do partido de André Ventura:
Nós precisamos controlar as nossas fronteiras. Portugal não é contra a imigração, mas nós queremos, nós temos que ter controle e nós queremos os bons imigrantes.
Qual é o problema? A Europa é branca, assim como a África é negra. Qual é o problema?
Eu encontrei há pouco tempo uma senhora brasileira, também, e ela me disse: ‘Uau, que bom, um brasileiro na política portuguesa, agora já temos alguém para defender os brasileiros que vivem em Portugal’. E, eu, `ohhh Jesus`… olhe, minha senhora, a senhora está equivocada, se eu quisesse defender os direitos dos brasileiros, eu estava no Brasil a lutar do lado da direita brasileira, a lutar do lado do ex-presidente Bolsonaro, e estaria com muito orgulho.
Não estou na política portuguesa para defender o direito de brasileiros, indianos ou qualquer outro imigrante, como eu, que vive em Portugal. Estou em Portugal para defender os direitos dos portugueses, porque Portugal pertence aos portugueses. Se você não consegue se adaptar, volta para a sua terra.
A mesma fonte compara Marcus Santos com os “morenazis”, designação atribuída aos neonazis não caucasianos, e dá o exemplo dos neonazis colombianos no início dos anos 2000, que se juntaram a um protesto neonazi na Alemanha, mas acabaram por ser espancados porque foram confundidos com refugiados.
Marcus Santos partilhou o print da notícia com o título “Negro e brasileiro, dirigente de partido fascista português ataca imigrantes: ‘A Europa é branca'” e escreveu:
A extrema esquerda brasileira descobriu que eu existo.
Estão a circular alguns vídeos (editados) nas redes sociais do meu último discurso no congresso do partido Chega.
A extrema esquerda brasileira e portuguesa até já me chamam de “morenazi”, preto nazista…
Como já sabíamos, os que se dizem lutar contra o racismo são os mais racistas e intolerantes.
Preto de direita e imigrante que luta pelo país que o acolheu, é considerado uma aberração para esta gente!
Não faço o “L” de lula no Brasil, nem o “S”de Sócrates em Portugal.
Portugal é dos portugueses como o Brasil é dos brasileiros, qualquer pessoa que saia do seu país e que vá para outro tem de respeitar as leis e a cultura.
Viva Portugal ????????
O Polígrafo da SIC analisou o discurso do dirigente do Chega onde constam as afirmações que não estão no vídeo em cima: “A Europa é branca, assim como a África é negra” e “Se você não consegue se adaptar, volta para a sua terra” (vídeo aqui – site da Sic Notícias).
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