Carlos Reis dos Santos, Assessor dos Vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa e colunista no Semanário Novo, não poupa o Chega: “Seria caso para rir se não fosse sério”.
As constantes birras públicas, pressões privadas, espalhafato, admoestações e ameaças sobre a maioria parlamentar dos Açores demonstra à saciedade que o Chega não tem quaisquer condições para ser parte de qualquer solução governativa regional ou nacional.
E como se viu na Moita ou no Seixal ou em Alvalade (Lisboa) nem sequer se pode contar com eles a nível local.
Nem sequer são apenas as suas posições estapafúrdias sobre alguns assuntos (isso de si mesmo já inviabilizaria sempre qualquer presença deles num governo de um país normal e estável, democrático, europeu e ocidental, vinculado ao Estado de Direito, à integração europeia e a alianças internacionais).
Não vale sequer a pena elencar: basta pensar na recorrente defesa retórica de soluções tipo taxista para os ciganos, o atiçar de tensões raciais, etc.
Aliás o problema pior é mesmo o constante zigzag e frenesim em que o programa (inexistente) ou propostas políticas do Chega equivalem apenas ao chorrilho de declarações e alívios verbais do dia saídas da boca do líder-messias desse partido.
Nenhum país, nenhuma região, nenhuma terra, poderia ser governada assim. Basta olhar para Bolsonaro no Brasil e ver os brilhantes resultados.
Optar pelo Chega é apostar num rumo latino-americano para Portugal.
Aliás como se viu agora nos Açores: André Ventura berra contra a corrupção e exige medidas draconianas, exige a partir de Lisboa o fim imediato da subsidiodependência (isto num território disperso por 9 ilhas pequenas onde a presença humana nalgumas já só pode subsistir no século XXI graças ao poder político) mas pasme-se: em nome dessas reivindicações não hesita em ameaçar fazer regressar os Açores à gestão socialista dos últimos 24 anos e às mãos da família César, esses referentes da transparência, da honestidade e do trabalho abnegado fora das redes de influência da política!
Seria caso para rir se não fosse sério.
A verdade é só uma para qualquer eleitor de Direita: Votar Chega é deitar o voto fora e beneficiar o PS.
Muitos eleitores de Direita até poderão ter a tentação de usar o seu voto como um vómito ou um arroto contra o sistema mas desperdiçar esse voto no Chega é fazer o jogo do PS.
Depois não se queixem.
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