O líder do Chega, que anda a enviar “cartas” pela imprensa a pedir alianças com o PSD desde julho de 2021, voltou ao ataque, desta vez depois de uma reunião com o Presidente da República, onde anunciou que vai convidar Luís Montenegro para uma reunião.
O presidente do PSD assegurou hoje que não irá conversar com André Ventura sobre uma eventual alternativa de Governo à direita, alegando que a sua “coligação preferencial é com os portugueses”:
Eu não entro nisso. Não vou fazer isso. E podem estar descansados todos os portugueses em casa. Estou a pensar nas vossas vidas. Não estou a pensar nem na vida do doutor António Costa nem na vida do doutor André Ventura.
Dentro deste teatro político que constitui esse jogo floral de andar com movimentos e algumas declarações, registo que o doutor António Costa e o doutor André Ventura são irmãos gémeos, porque ambos têm aproveitado o tempo, ou grande parte dele, para tentar desviar as atenções daquilo que é importante.
Estou verdadeiramente concentrado naquilo que preocupa as pessoas e a minha coligação preferencial é com os portugueses. Eu estou coligado com a prossecução do interesse das pessoas, das famílias e das empresas. E não me desvio disso. Jogos dessa natureza ficam para a altura das eleições.
Luís Montenegro considerou ainda que António Costa e André Ventura são muito parecidos: “São muito repentistas. Precipitam-se muito. Às vezes até se excitam muito com determinados acontecimentos e determinadas expressões”.
O líder do Chega, que em agosto de 2019 escreveu na sua página que se algum dia andar publicamente a implorar por coligações ou alianças à direita ou o centro direita, e ninguém lhe ligar nenhuma, que o internassem pela figura ridícula e o mandassem fazer programas com o Castelo Branco ou com o Cláudio Ramos, e que em agosto de 2020 escreveu que jamais iria aceitar acordos com os partidos do sistema, disse ontem aos jornalistas:
Todos percebem que uma alternativa que não seja de maioria de nenhum dos partidos à direita exigirá alguns compromissos. Penso que seria útil uma primeira reunião entre mim e o Dr. Luís Montenegro.
Penso que é a melhor altura para isso. Se Luís Montenegro não quiser agora, se preferir mais perto do verão… Penso que o importante é a partir de agora termos um contacto político.
Nós não podemos chegar às eleições europeias sem nenhuma alternativa. Nós não podemos chegar, arrisco-me a dizer, a este verão, a este outono, sem uma alternativa, e cabe-nos dizer isso aos portugueses.
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