André Ventura, Cheganos Oficiais

André Ventura quer gastar 30 milhões para fiscalizar onde os pobres vão gastar o apoio de 50 e 125 euros

André Ventura defendeu ontem que se fiscalize onde os portugueses vão gastar os 125 e 50 euros de apoio para ajudar as famílias a enfrentar a escalada de preços causada pela inflação “não podem ser gastos em droga, tabaco e álcool”. Para o líder do Chega há muitos pobres que não sabem gastar bem o dinheiro:

Há muitas famílias de rendimentos mais baixos que, sabemos, até por força dos relatórios escolares – muitas vezes, nem à escola vão -, que ficam com esse dinheiro para eles, muitas vezes até para consumos impróprios, de tabaco e de álcool, e não o dão aos filhos, que era o suposto.
Acho que as famílias que estão em casa percebem que o esforço suplementar que estão a fazer para o Orçamento do Estado não pode ser gasto em droga, tabaco e álcool. Talvez ouçamos isto e pensemos: agora o Estado vai entrar em casa das pessoas? Mas o Estado está a dar dinheiro que é dos contribuintes todos

André Ventura apontou à criação de “mecanismos para saber se aquele dinheiro foi canalizado para os bens alimentares ou bens supérfluos”, um reforço de fiscalização que custaria cerca de 30 milhões, não dizendo de que forma seria feito, até porque qualquer família sabe que não precisa de ir mais do que uma ou duas vezes ao supermercado para gastar 50 ou 125 euros em compras.
No entanto a verdadeira piada na entrevista que André Ventura deu ao Observador foi quando falou sobre a saída do líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, e sobre se está “agarrado ao cargo”, pois disse ser “o líder com menos apego ao cargo que existe”.

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