Ana Motta Veiga, Cheganos Oficiais, José Lourenço

Ana Motta Veiga falou mal do partido e a sua ascensão à Direção viola os estatutos do Chega

Alguns militantes do Chega já reagiram ao 3º Congresso do Chega, realizado no fim-de-semana em Coimbra, e não conseguiram evitar as criticas ao chumbo da Moção Nº40, contra o Nepotismo, e à ascensão de Ana Motta Veiga à Vice-Presidência do Chega, o que pode revelar uma violação dos estatutos do partido. A arquiteta, que foi nº 3 na lista de Hugo Ernando ao Porto nas Legislativas de 2019, “disse mal do partido e de André Ventura”, terá deixado de ser militante do partido nessa altura, e por isso não teria agora 6 meses consecutivos de militância.

José Lourenço, ex-Líder do Chega no Porto, comentou sobre os vencedores e derrotados do Congresso na sua página no Facebook:

Notas soltas sobre o III Congresso Nacional do CHEGA.
Grandes vencedores do congresso: André Ventura e Luis Graça.
Derrotados: Manuel Matias e o “seu” PPV, a Distrital do Porto que passou ao anonimato. A primeira vez que o Porto levou tão pouca gente a uma manifestação, um discurso do presidente da Distrital que parecia uma homilia, lido e talvez escrito por alguém. Sobre moratórias e a crise que se avizinha, como se fosse o Professor Zandinga a acertar no óbvio. La Palisse, não teria feito melhor!
Promessas falsas a vários delegados do Porto que decididamente fracturou o pouco que já não estava fracturado. O meu telefone é testemunha das inúmeras queixas que recebi.
A Direcção Nacional, continua sem ninguém do Porto. Ana Motta Veiga até pode ser do Porto, mas nunca foi uma pessoa próxima ou presente em nada, ao ponto de 90% dos delegados desconhecerem quem era. Falhou redondamente na implantação do CHEGA no Porto, sucumbiu rapidamente a uma extrema direita e mais grave ainda, saiu a dizer mal do partido, no entanto, é Vice-Presidente. Um Porto amorfo, secundário, subserviente, vassalo e que perdeu toda a credibilidade e respeito. Ignorado até à medula. A maior Concelhia do Distrito do Porto, Vila Nova de Gaia, foi humilhada, pela própria Distrital.
Isto é uma conclusão, não uma crítica. Mas também pouco me importa o que possam extrapolar, a minha consciência é o meu asilo inviolável.
No restante ganhou quem tinha de ganhar, só o tiro de Manuel Matias saiu ao lado.
Fui o ausente mais presente, mesmo fazendo questão de estar bem ausente ante a impossibilidade de estar presente.
A Comissão de ética, continua e mal. O fotografia da mesma, diz muito ou até diz tudo sobre a mesma.
Nuno Afonso, caiu com estrondo e não acredito que venham tempos fáceis para ninguém. Eu pessoalmente gosto do Nuno e nada tenho contra.
Não percebi como foi chumbada uma moção anti-nepotismo, talvez não gostassem do cliente que a apresentou.

Um seu seguidor, comentou na mensagem do ex-Líder da Distrital:

Tem muita razão, Ana Motta Veiga, falhou na implementação do Chega no Porto, deixou de ser militante, disse mal do partido e de André Ventura na época.
E agora foi desenterrada com um número de militante acima dos 27000.

Militantes do Porto questionam quem é Ana Motta Veiga:

Meus caros poderiam me esclarecer do seguinte?
Tenho trabalhado ativamente no concelhia do porto…e honestamente nunca vi ou ouvi falar da senhora Ana Veiga.
Quem é? A sua colocaçao em orgao do partido nao viola os estatutos?”

O mesmo seguidor respondeu:

a Senhora fez parte da coligação BastaChega. Quando Hugo Ernano foi candidato pelo círculo do Porto, a Arq.ta era o número 3 dessa candidatura.
Após isso, abandonou o partido e agora volta a filiar-se e entra direitinha para vice presidente da Nacional.
Espero que o tenha esclarecido.

O que motivou a conclusão:

ja calculava saiu e voltou agora direta a uma cadeira!!!!!..julgava ser necessaios 6 meses minimos de militancia ( Consecutivos) para ser eleito para membro da presidencia…devo ter lido mal…
Enfim!!!!!!!
Nao pretendo fazer juízo de valor
Mas pelo menos é estranho

José Lourenço confirmou que realmente são precisos 6 meses de militância para ser eleito membro da Direção.

Mas há também quem critique a rejeição da moção n° 40 contra o Nepotismo:

Eu achei incrivel que numa convenção nacional, onde são os delegados que mandam e têm algum poder, e que nao o podem fazer todos os dias, surja do nada uma proposta de alteração à ordem de trabalhos da mesa!
Proposta essa que “permitiu” a não apresentação de cerca de 42 moções (eram só as moções mais incómodas e mais pertinentes), porque “o pessoal” estava cansado!
Senti me insultado com esta proposta!
Os delegados que se sentiram “fatigados”, numa proxima convenção, por favor, deixem se ficar em casa, ou no cafe a beber umas cervejolas, e deixem a convenção decorrer naturalmente e respeitar a ordem de trabalhos elaborada, com gente à séria, com delegados que foram à convenção com um objectivo definido, e não com a intenção de se irem pavonear pelo corredor do salao, ou no salao das refeições!
Uma convenção é a unica oportunidade que um delegado tem de poder dizer ao Partido o que bem entender, através de uma moção, de informar o que esta bem e o que esta mal, de propor algumas sugestoes para melhorar o partido, de aprovar ou rejeitar propostas que sejam ou possam ser beneficas ou prejudiciais ao partido, e todos em conjunto contribuírem para criar um bom caminho bem definido daquilo que queremos para o CHEGA.
O CHEGA nasceu uma coisa, hoje é outra completamente diferente!
O que vi, foi uma completa e cega fidelidade a lugares, tachos e tachinhos!
O que vi foi tudo e todos a lutarem por um tacho, aqui ou ali, independentemente de ir a favor ou contra os principios do partido!
Cheguei à conclusao que a (nossa) Moção n°40 (de Ética e Anti Nepotista) não fazia qualquer sentido estar “ali”!
Na verdade, até acho que nem deveria ter passado no crivo da aprovação para ser apresentada!
Um partido que se diz Anti Nepotista, deveria moralmente “obrigar” esta moção a ser apresentada na fase inicial da convenção, e não na fase final!
Na minha opinião, continuo a dizer que a “proposta” para não apresentar as restantes moções, foi encomendada!!!
Nao faz sentido as propostas estarem a ser apresentadas por ordem, e quando chegam à Moção 39, passam diretamente para a Moção 47, da Rita Matias, que por sinal foi a ultima moção a ser apresentada!
A Rita queria apresentar a Moção dela, aguardava mais uns minutos, ate chegar a vez da Moção 47!
Foi admitido na convenção, em pleno palco, que a Moção 40 foi a Moção que gerou mais controvérsia nesta III Convenção, por incluir varios pontos “incómodos” ao partido!
Mas, pelo que vi durante esta Convenção, o que realmente importa é lamber botas, garantir uns lugares aqui e ali, e dizer “sou tão leal, tão leal, tão leal ao André, que se ele escolher 12 vassouras para a DN, em vez de 12 pessoas, eu aprovo”, palavras ditas por um presidente distrital, no ultimo Conselho Nacional, em Santarém!
E é esta estirpe de pessoas que seriam capazes de aprovar 12 vassouras, que realmente pretendem um futuro melhor para o país (ou para ele), desde que nao lhe tirem o tachito, ou a miragem de algum dia (com este calibre de “vendido” e de inteligência) pretender sonhar vir a ser deputado!
Tanto haveria a dizer sobre este e outros tantos, que nem vale a pena perder tempo…
Só é lamentável que uns quantos “homenzinhos” se vendam por um pires de tremoços, e que demonstrem inequivocamente que Portugal não está, nunca esteve, nem nunca estará em primeiro lugar!
Serão sempre “pessoas” do sistema, sempre de olho num lugarzinho melhor, ou em acumular mais 1 lugarzinho aqui, ali ou acolá!
Resumindo:
“A familia vem sempre em primeiro lugar”!
Para bom entendedor, meia palavra basta!
Disponibilizo a moção n° 40 a quem a pretender ler, por mensagem privada.

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