Segundo o Expresso o Chega acusa desgaste e impaciência, está desorganizado e impreparado para ser Governo, apesar de André Ventura ter exigido já 4 ministérios para aceitar uma coligação governamental com PSD.
Com a facção ultrarreligiosa a tomar conta aos poucos da Direção, Chega saiu do seu III Congresso Nacional mais fraturado do que estava.
Após a reunião política em Coimbra foram várias fontes do partido de extrema-direita que foram ouvidas pelo jornalista Hélder Gomes e não pouparam nas críticas: “Ventura domina tudo”, “ainda se lidera pelo medo”, “há aqui extremistas altamente perigosos que era preciso combater”, o Chega foi tomado por “desempregados de longa duração”, que antes “passavam fome” e agora estão “agarrados ao partido como lapas”.
António Tânger Corrêa, vice-presidente do Chega, descreveu ao jornal o partido como “uma amálgama de pessoas com pensamentos diferentes… A unidade faz-se em torno de objetivos, não de ideias abstratas”. O ex-embaixador assumiu mesmo que o partido liderado por André Ventura não está preparado para chegar ao poder, apesar do lema do Congresso ser “Governar Portugal”.
Mas o que foi evidente para o jornal durante a reunião política foi o desgoverno, com acusações de facadas, moções silenciadas e a discussão do novo programa adiada.
Foram várias as decisões mal acolhidas por delegados ao Congresso, e o exemplo disso foram a cerca de metade das moções não terem sequer sido apresentadas, apenas votadas e rejeitadas.
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