António Manuel Moreira Tânger Correia, nasceu a 24 de abril de 1952, em Lisboa, filho de Manuel Tânger Correia, teatrólogo, ensaísta, director de programas da RTP, e adido cultural na embaixada de Portugal no Brasil, e de Maria Germana Tânger, actriz, encenadora, professora de dicção no Conservatório Nacional, colaboradora da RDP e RTP.
Construiu a sua carreira diplomática ao longo de quatro décadas, foi cônsul general de Portugal em Goa e no Rio de Janeiro, embaixador de Portugal na Bósnia, Sérvia, Israel, Egipto, Qatar, Lituânia, primeiro secretário da embaixada portuguesa em Pequim.
Em 1974, depois da revolução de 25 de abril, foi Secretário Geral da Juventude Centrista (CDS) e em 1980, foi durante um ano, Adjunto do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, no governo da Aliança Democrática (AD) de Sá Carneiro.
António Tanger Correia participou nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992 e terminou no 21º numa competição de vela. Concorreu às eleições do Sporting em 2018, encabeçando a lista para o Conselho Fiscal e Disciplinar do candidato Pedro Madeira Rodrigues.
Segundo a Sábado, o ex-diplomata esteve envolvido em pelo menos dois escândalos que custaram milhares de euros aos contribuintes portugueses.
A revista avança que António Tânger Correia, foi suspenso em 2009 durante 90 dias devido a várias irregularidades encontradas na gestão da embaixada portuguesa na capital da Lituânia, Vilnius:
- “Não comunicou nem devolveu ao Estado português os reembolsos de IVA pagos na aquisição de serviços e que constituem uma receita pública. Usou esse dinheiro para adquirir bens e serviços sem autorização, nomeadamente 34 826,50€ para comprar tapetes, armários de cozinha e passagens aéreas”.
- “Durante a sua estadia em Vilnius, enganou os serviços centrais do Ministério dos Negócios Estangeiros ao informar que o condomínio da residência custaria 2550€ e o da chancelaria 1950€. Com base nesses valores, o Ministério dos Negócios Estrangeiros enviou todos os meses ao embaixador 54 060€ para despesas de condomínio.
No entanto, a Inspeção-Geral Diplomática e Consular viria a descobrir que só foram pagos 7 492,23€ e que os os restantes 41 181,42€ terão sido usados para pagamentos de segurança, manutenção de jardins, limpezas e outros”.
Segundo a imprensa, que se saiba, também nenhum outro diplomata aceitou um presente tão grande e tão caro estando ao serviço do Estado português: um veleiro de alta competição.
PODE QUERER VER TAMBÉM: |
|
Leave a Reply