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Jornalista agredido em evento na universidade com André Ventura e intimidado por secretário pessoal do líder do Chega

Jornalista do Expresso diz que foi agredido por jovens em evento com André Ventura na Universidade Católica e interpelado de forma agressiva pelo secretário pessoal do líder do Chega.
A 1ª Edição das Conversas Parlamentares com os líderes partidários na Universidade Católica iniciada em dezembro passado, que já recebeu o líder do Iniciativa Liberal, Rui Rocha, contou ontem com a presença do líder do partido de extrema direita, e os meios de comunicação social foram informados disso pela assessoria de imprensa do Chega, anotando que “não seriam permitidas câmaras dentro do auditório”, “segundo indicações da Universidade”, mas não havia qualquer indicação de que seria interdita a presença de jornalistas.
Segundo o Expresso o jornalista do jornal terá sido autorizado a entrar por duas jovens e conseguiu presenciar os primeiros 10 minutos da intervenção de André Ventura, mas depois disso foi abordado por jovens que lhe transmitiam que não podia estar presente, o que o levou a pedir esclarecimentos aos assessores do Chega que estavam presentes na iniciativa.
Quando tentava interpelar André Ventura para esclarecer a situação foi agredido por dois jovens que prenderam os seus movimentos e agarrando-o pelos pés e pelos braços forçaram a sua saída do evento, deixando todo o equipamento de trabalho na sala, incluindo o computador profissional, devolvido posteriormente.
A intimidação continuou fora da sala, e segundo o jornal, Luc Mombito, secretário pessoal de André Ventura, que foi constituído arguido em junho de 2023 por crimes de injúria agravada, ameaça agravada e atentado à liberdade de imprensa, ainda se dirigiu ao jornalista, perguntando-lhe de forma agressiva se este precisava “de mais alguma coisa para se sentir melhor”, mas foi travado pelo assessor de imprensa do Chega.
A Universidade Católica em comunicado enviado ao jornal repudia por “qualquer tentativa de limitação do direito à informação e intimidação de jornalistas” e lamenta “profundamente” os acontecimentos, repudiando também, “a manipulação deliberada das normas de acesso ao evento pelo partido convidado”, ou seja o Chega.
O Sindicato dos Jornalistas em comunicado repudia agressão a jornalista do “Expresso” em evento do Chega na Universidade Católica e afirma que “um crime público, cometido à vista de muita gente, que tem de ser investigado e punido exemplarmente”.

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