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Hoje é o Dia Nacional das Pessoas Ciganas “Construir as Pontes entre nós”

Hoje é o Dia Nacional das Pessoas Ciganas! O jogador da seleção nacional Ricardo Quaresma, a socióloga Teresa Vieira, o professor e engenheiro José Fernandes e o cantor Diego Ek Gavi, deram a cara à campanha do Alto Comissariado para as Migrações no Dia dos Ciganos.
Carlos Miguel, Secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, também fez parte da campanha e deixou a mensagem:

Neste Dia, Saúdo todos aqueles, ciganos e não ciganos, que lutam por uma sociedade mais igualitária, sem ódios ou rancores, onde se respeite a diferença e a cultura de cada um de nós.

Em declarações à agência Lusa, a ativista cigana Olga Mariano disse que gostava que o Dia Nacional das Comunidades Ciganas fosse comemorado como é o Dia de Portugal, mas isso para já ainda é um sonho porque a realidade é sentir-se assustada, discriminada e com medo.
A presidente da Letras Nómadas – Associação de Investigação e Dinamização das Comunidades Ciganas afirma que nunca se sentiu tão discriminada como agora: “Já tenho 71 anos e nunca me senti tão discriminada, tão ilegal dentro do meu país, onde nasci e nasceram todos os meus antepassados desde há 500 anos, como agora”.
Nascida em Évora e criada no Fogueteiro desde os 4 anos, disse ainda: “Não vou por nomes de territórios nem de nações porque não vale a pena, mas sentem-se mais donos de Portugal, ou pensam que são mais parte integrante do que nós e muitas vezes até nos mandam para a nossa terra quando a nossa terra é esta e a deles é que não é. Isto só para ver o que se está a passar hoje em Portugal que nunca na minha vida eu tinha assistido”.
“Eu tenho medo de sair pela forma como me olham em locais de comércio no próprio Fogueteiro. Isto realmente é difícil, muito difícil”, relata, apontando como causa os movimentos de extrema-direita que proliferam por toda a Europa e ganham terreno em Portugal: “essa extrema-direita que se quer levantar que morra à nascença”.
“Nós somos todos cidadãos de pleno direito, não somos cidadãos de segunda, somos portugueses. Há muita boa gente cigana que faz os seus descontos como todos os outros, portanto nós somos cidadãos portugueses ciganos e não ciganos portugueses, primeiro do que tudo a nossa bandeira é portuguesa”, afirmou.

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