Margarida Bakker, filha mais velha de Alexandra Lencastre, foi notícia recentemente por denunciar nas redes sociais um motorista da plataforma TVDE por a ter levado para “um beco sem saída”, colocando-a alegadamente numa situação de perigo.
Como seria de prever André Ventura fez aproveitamento político para a sua campanha anti-imigração, no entanto a filha de Alexandra Lencastre não perdeu tempo e respondeu ao líder do Chega, a quem acusou de manipular para conseguir uma conclusão xenófoba, até porque os piores assédios que teve “foram cometidos por homens portugueses caucasianos. Que estavam maioritariamente sobre o efeito de álcool a conduzir”.
Também o conhecido produtor de televisão neerlandês e pai da jovem atriz, Piet-Hein Bakker, respondeu ao líder do Chega a quem acusou de ser maquiavélico por usar a imagem e a história de duas pessoas conhecidas para efeitos promocionais, sem autorização das respectivas, para uma campanha contra a imigração.
André Ventura partilhou no passado dia 12 de fevereiro nas redes sociais a imagem da notícia com o título “Filha de Alexandra Lencastre em aflição devido a motorista da TVDE” e escreveu:
Se calhar agora em vez de nos chamar nomes, vai dar razão ao Chega sobre a imigração descontrolada e perigosa. Pode ser que aprenda
Margarida Bakker partilhou o comentário de André Ventura e escreveu no Instagram:
Claro que manipularia e condensaria a informação com uma conclusão xenófoba. Fique sabendo que os piores assédios que tive foram cometidos por homens portugueses caucasianos. Que estavam maioritariamente sobre o efeito de álcool a conduzir.
“Pode ser que aprenda” É sinónimo de “estava a pedi-las?”? O problema aqui tem que ver com a segurança da mulher. Problema este nem sequer referido neste pobre comentário.
Segundo a revista MAGG, Piet-Hein Bakker também deixou uma mensagem a André Ventura, nas redes sociais:
Isto não é sobre imigração. É sobre motoristas do Uber que praticam assédio grave. Tem de haver mais controlo sobre as plataformas de transportes com a obrigação de uma política de recrutamento mais cuidada e um controlo mais eficaz sobre os motoristas, o que não tem nada que ver com etnia, país de origem ou outros fatores discriminatórios, que não podem entrar neste processo.
O André Ventura mostra bem o quanto populista é. Usar a imagem e a história de duas pessoas conhecidas para efeitos promocionais, sem autorização das respectivas, para uma campanha contra a imigração, é muito maquiavélico, mas infelizmente, nada surpreendente.
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