Cheganos Oficiais, Sérgio Fernandes de Carvalho

Ex-coordenador no Porto, foi suspenso, mudou-se para Partido Voz mas agora é candidato do Chega a Vila Nova de Cerveira

Sérgio Artur Faria Leal Fernandes de Carvalho, ex-coordenador do Chega no Porto, foi suspenso em novembro do ano passado, desfiliou-se depois do partido de André Ventura, e em abril era apoiante do Partido Voz. Sérgio Fernandes de Carvalho, gestor de empresas e licenciado em Engenharia de Produção, é agora o candidato do Chega à Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.
Em 23 de abril, escreveu na sua página:

EM POLÍTICA, RESUMIDA E EMPIRICAMENTE, DIFERENÇAS ENTRE DIREITA E ESQUERDA, E O “CENTRALISMO” DE CONVENIÊNCIA, EM PORTUGAL
O divisionismo partidário entre “Direita” e “Esquerda”, num discurso que continua actualizado, remonta a 1789, ao período da Revolução Francesa, em que membros da Assembleia Nacional se dividiam em partidários do Rei, à direita do presidente, e simpatizantes da revolução, à sua esquerda. Começou-se a vislumbrar, embrionariamente, a diferença entre um potencial conservadorismo, os indefectíveis do Rei, e um progressismo, os da “linha da frente” da Revolução.
Com o decorrer do tempo, “subdivisões” apareceram na “Direita” e na “Esquerda”, surgindo ainda, o híbrido “Centro”, permitindo caracterizar a matriz ideológica de cada partido.
Hoje em dia, os partidos de direita abrangem conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas, e ainda o nazismo e fascismo na chamada extrema-direita.
Na esquerda, surgem os social-democratas, progressistas, socialistas democráticos e ambientalistas. Na extrema-esquerda temos movimentos simultaneamente igualitários e autoritários, como movimentos operários e comunistas cujo desígnio é a promoção da luta entre classes e o fim da propriedade privada.
Há ainda o “Centro” que defende o capitalismo sem deixar de se preocupar com o lado social. Em teoria, a política dos partidos de “centro” apela mais à tolerância e equilíbrio na sociedade. No entanto, o hibridismo do “Centro” pode estar mais alinhado, em determinados momentos com a política de esquerda ou de direita, consoante a conveniência dos’ lobbies’ que gerem e manipulam os políticos. A origem do “Centro” político vem da Roma Antiga, que o descreve na frase: “In mediun itos” (a virtude está no meio).
A visão sobre a Economia é, igualmente, um ponto fundamental que permite discernir entre os que são de “Esquerda”, de “Direita” ou os “híbridos centralões”.
Os de esquerda defendem Economias mais próximas do modelo de “direcção central” (Estado), uma economia tendendo a promover a ablação das classes e a solidariedade ( o colectivismo em detrimento do personalismo) , com maior redistribuição do rendimento, assente em políticas fiscais diferenciadoras e progressivas, e sendo o Estado o pivot do seu funcionamento e regulação.
Os de direita estão associados ao liberalismo, doutrina que na economia pode indicar os que procuram manter a livre iniciativa de mercado e os direitos à propriedade privada. Algumas interpretações defendem a total não intervenção do Estado na economia, a redução da carga fiscal sobre empresas, a extinção e simplificação da regulação, entre outras acções.
Os “centralões”, como se costuma dizer, movimentam-se na “maionese”, consoante os tempos e as necessidades dos ‘lobbies’ e organizações “menos vísiveis”.
O liberalismo não significa necessariamente conservadorismo moral. Na sua génese, o adjectivo liberal é associado à pessoa que tem ideias e uma atitude aberta ou tolerante, que pode incluir a defesa de liberdades civis e direitos humanos. Já o conservador é aquele com um pensamento tradicional. Na política, o conservadorismo visa manter o sistema político existente, que seria oposto ao progressismo.
“Direita” e “Esquerda” também têm a ver com questões éticas e culturais. Avanços na legislação sobre direitos civis e temas como o casamento LGBT, legalização das drogas, aborto e eutanásia são vistas como bandeiras da esquerda, com a direita assumindo a defesa da família tradicional.
Hoje em dia, estes conceitos tendem a ser menos estanques, apresentando uma maior flexibilidade que tem a ver com necessidade de definir políticas que promovam a inclusão e participação activa dos vários grupos, corporações e sectores da sociedade. Assim, a matriz de 4 quadrantes – Direita Conservadora, Direita Progressista, Esquerda Conservadora e Esquerda Progressista – parece definir de forma mais concreta e precisa a matriz ideológica e política dos vários partidos que se vão afirmando e defendendo os seus ideais de governação.
Em relação a Portugal, verifica-se que ao longo de 47 anos, no denominado período da “III República”, a bipolarização governamental, assenta em 2 partidos – PS e PSD – cuja a acção é no espectro, maioritariamente, do “Centro”, “Centro Direita”, “Centro Esquerda” e, por vezes, atingindo, no caso do PS, a “Esquerda radical”. São governos que, sucessivamente, e na generalidade, têm conduzido Portugal à ruína económica e financeira, social, demográfica, cultural e moral. Tudo parece ter a ver, grosso modo, com indefinições de cariz ideológico e político, assentes num conveniente “centralismo” que vacila de acordo com os apelidados “donos de Portugal”, os ‘lobbies’ financeiros e corporativos e as designadas “sociedades secretas”.
Há que dar, de vez, uma “Voz” aos portugueses, que os governe, represente e crie estabilidade e crescimento no País, defendendo cada cidadão e a célula fundamental onde se insere e “abriga” – a Família -, através da defesa intransigente dos direitos fundamentais, como os humanos e de cidadania; zelando pelas tradições, costumes e cultura de Portugal; e, por fim, promovendo uma Economia de mercado, com intervencionismo mínimo do Estado, apenas ao nível da regulação, através da multidisciplinaridade que a caracteriza.
Só uma Direita, mesmo “Direita”, que não seja radical, nem progressista, nos pode levar a bom porto!

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