Num dos seus discursos no IV Congresso Nacional, André Ventura atacou a Entidade das Contas e Financiamentos Políticos. O Chega e o CDS foram os partidos que menos cumpriram as regras de financiamento das campanhas das legislativas e europeias de 2019, e o partido de extrema-direita na primeira vez que concorreu à Assembleia da República, ia esgotando as irregularidades do catálogo.
Dirigindo-se a supostos observadores da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) presentes na sala, e perante gritos de “vergonha” da parte dos delegados, o líder do Chega questionou:
Quantas vezes estiveram no Congresso do PS a fazer exatamente o mesmo que vieram fazer ao Congresso do Chega.
Poucos partidos serão hoje tão escrutinados pela imprensa e pelos tribunais como é o Chega.
Gostava de saber como é que, com os limites que temos hoje aos donativos em Portugal, e tantas reportagens que fazem sobre aqueles que apoiam o Chega e os mauzões que andam à nossa volta a apoiar-nos, como é que ainda não houve uma grande reportagem sobre os milhões que entram no PCP todos os anos em Portugal?
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André Ventura admitiu ainda que o seu partido está “sem dinheiro”, reconhecendo que as eleições autárquicas deixaram o partido “descapitalizado”, o que alegou ter “valido a pena” porque permitiu fazer o que os “portugueses esperavam” do partido, ao torná-lo na quarta força política a nível municipal.
Fomos, arriscámos, demos tudo, e agora estamos sem dinheiro. Não estávamos à espera de eleições, e não esperávamos aquilo que aconteceu, mas vamos com tudo outra vez a este ato eleitoral, porque é essa a nossa alma, é esse o nosso ADN e é assim que nós fazemos política.
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