André Ventura afirmou ontem que o Chega está de “braços abertos para receber” refugiados ucranianos, defendendo que “aqueles que vierem por bem” e não pretenderem “dominar” Portugal “são sempre bem-vindos”.
Durante a Convenção de Autarcas o líder do partido de extrema-direita diz que o Chega está “de braços abertos para receber aqueles que fogem da guerra, que fogem do ataque, da fome e da miséria” mas em contrapartida alerta para outros “que chegam de iPhone e telefones de alta gama a Portugal” e que, segundo o entendimento do líder do Chega, vêm procurar subsídios na Segurança Social.
Em fevereiro de 2020 circulava uma mensagem que colocava em causa o dinheiro que os refugiados recebiam:
Racismo em Portugal é: Dar 875 mensais a um refugiado que está de passagem e 389,34 euros para quem trabalhou com 40 anos de desconto. Isso é racismo!
No entanto os valores foram desmentidos pelo Fact Check do Observador:
Segundo Mónica Farinha, presidente do Conselho Português para os Refugiados, há três situações em que os refugiados recebem apoios financeiros: quando aguardam uma decisão no procedimento de proteção, durante o programa de recolocação (que dura 18 meses) e na reinstalação. “Mas o valor é sempre o mesmo”, destaca a responsável, acrescentando que “um requerente, ou seja, alguém que se encontra em procedimento de proteção recebe 150 euros por mês, o que dá cerca de 5 euros por dia”.
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